quarta-feira, 28 de novembro de 2018

PECADO ORIGINAL

                                                   PECADO ORIGINAL



O ESTADO E CONDIÇÃO COM QUE OS HOMENS NASCEM É CHAMADO NA TEOLOGIA DE " PECADO ORIGINAL "

MUITAS VEZES A PALAVRA NÃO EXPRESSA O SENTIDO QUE ENVOLVE A SITUAÇÃO,COMO É O CASO DA EXPRESSÃO ,POIS NÃO É HERDADA MAS IMPUTADA:

1. PORQUE É DERIVADO DA RAIZ ORIGINAL DA RAÇA HUMANA.                                    2. PORQUE ESTÁ PRESENTE NA VIDA DE TODAS AS PESSOAS                                            3. PORQUE É A RAIZ INTERNA DE TODOS OS PECADOS CONCRETIZADOS QUE CORROMPEM A VIDA DO HOMEM

DENTRO DO CALVINISMO O "PECADO ORIGINAL"NÃO É A CONSTITUIÇÃO ORIGINAL DA NATUREZA HUMANA,POIS ISSO IMPLICA DIZER QUE DEUS CRIOU O HOMEM JÁ NA CONDIÇÃO DE PECADOR,E ISSO NÃO BÍBLICO.

                                                       HISTÓRIA 

OS PAIS DA IGREJA NADA FALARAM NADA DEFINIDO SOBRE ESSA EXPRESSÃO.

OS COMENTÁRIOS DOS CHAMADOS "PAIS GREGOS"É DE QUE EXISTE UMA CORRUPÇÃO FÍSICA DA RAÇA HUMANA,DERIVADA DE ADÃO ,MAS ESTA NÃO CONSTITUI PECADO E NÃO ENVOLVE CULPA E ISSO DEU ORIGEM AO PELAGIANISMO.

A IGREJA CHAMADA "LATINA" COM TERTULIANO DE QUE A PROPAGAÇÃO DA ALMA,ENVOLVE A PROPAGAÇÃO DO PECADO.O PECADO ORIGINAL,SEGUNDO ELE,ERA UMA MANCHA OU UMA CORRUPÇÃO HEREDITÁRIA,MAS QUE NÃO EXCLUI A PRESENÇA DE ALGUM BEM.

AMBRÓSIO FOI MAIS LONGE,CONSIDERANDO O PECADO ORIGINAL COMO UM ESTADO,DISTINGUINDO-O COMO ENTRE CORRUPÇÃO INATA E A RESULTANTE CULPA DO HOMEM.

SOMENTE COM AGOSTINHO A DOUTRINA DO "PECADO ORIGINAL"FOI DESENVOLVIDA DE MANEIRA MAIS COMPLETA:

A NATUREZA DO HOMEM É COMPLETAMENTE CORROMPIDA,DE MODO QUE ELE NÃO CONSEGUE FICAR SEM PECAR,COMO UM CASTIGO MORAL PELO PECADO DE ADÃO,POR ISSO ESTÁ DEBAIXO DA CONDENAÇÃO,NO SENTIDO DE NÃO APENAS CORRUPÇÃO MAS CULPA.

O SEMI-PELAGIANO REAGIU CONTRA ESSA POSIÇÃO AGOSTINIANA,NEGANDO A DEPRAVAÇÃO TOTAL,A CULPA DO PECADO ORIGINAL E A PERDA DA LIBERDADE DA VONTADE

ANSELMO TAL QUAL AGOSTINHO CRIA NA DEPRAVAÇÃO TOTAL,MAS ACRESCIA QUE ESSA CULPA E ESSA NATUREZA,IMPEDEM O HOMEM SEGUIR RUMO À SANTIDADE,FAZENDO DESSE HOMEM UM ESCRAVO

TOMÁS DE AQUINO DEFENDIA QUE O PECADO ORIGINAL CONSIDERANDO EM SEU ELEMENTO MATERIAL É CONCUPISCÊNCIA ,MAS EM SEU ELEMENTO FORMAL É A PRIVAÇÃO DA JUSTIÇA ORIGINAL.

CALVINO DIFERE EM 2 PONTOS:

1. O PECADO NÃO É UMA COISA MERAMENTE NEGATIVA COMO DEFENDIA AGOSTINHO,AQUINO E ANSELMO

2. NÃO SE LIMITA À NATUREZA SENSORIAL E EMOCIONAL DO HOMEM



                                    OS 2 ELEMENTOS DO PECADO ORIGINAL


1. A CULPA ORIGINAL

CULPA É A EXPRESSÃO ENTRE PECADO E JUSTIÇA(PENALIDADE DA LEI),OU SEJA,QUEM É CULPADO ESTÁ NUMA RELAÇÃO PENAL COM A LEI EM 2 SENTIDOS:

A) RÉU CONVICTO

B) RÉU MERECEDOR DE CONDENAÇÃO

ESSE 2 NÃO PODEM SER REMOVIDOS,OU SEJA OS PECADOS SÃO MERECEDORES DE MALES,MESMO DEPOIS DA JUSTIFICAÇÃO E A CULPA NÃO PODE SER TRANSFERIDA DE UMA PESSOA PARA OUTRA:REQUER PUNIÇÃO,PESSOALMENTE PRESTAR ESCLARECIMENTOS À JUSTIÇA POR SER UM VIOLADOR

A CULPA NÃO FAZ PARTE DA ESSÊNCIA DO PECADO,MAS LIGADA À LEI.NESSE SENTIDO ELA PODE SER REMOVIDA SE A JUSTIÇA FOR SATISFEITA,PESSOAL OU VICÁRIA

NOTA: O ARMINIANISMO(REMONSTRANTES) É TÃO HERÉTICO QUE NEGAVAM ESSE ELEMENTO DA CULPA NO PECADO ORIGINAL


2. CORRUPÇÃO ORIGINAL

ESSA INCLUI ALGUNS PONTOS :

A) NÃO É APENAS UMA MOLÉSTIA,MAS PECADO NO SENTIDO REAL DA PALAVRA,POR ISSO A CULPA

B) NÃO É ALGO INFUNDIDO NA ALMA HUMANA OU UMA MUDANÇA  DE SUBSTÂNCIA

NOTA: ESSA ERA A DEFESA DOS MANIQUINIANOS E SE FOSSE ASSIM,NA JUSTIFICAÇÃO BASTAVA TROCAR A MUDANÇA DA SUBSTANCIA DA ALMA,E NÃO É O QUE ACONTECE

C) NÃO É MERA PRIVAÇÃO,PENSAMENTO DEFENDIDO POR AGOSTINHO,POIS O PECADO NÃO É APENAS NEGATIVO ( PRIVAÇÃO DO BEM ),MAS TAMBÉM POSITIVA(DISPOSIÇÃO PARA PECAR)

                                                                     CONCLUSÃO


A CORRUPÇÃO ORIGINAL PODE SER ESTUDADA EM DUAS PERSPECTIVAS:

1. DEPRAVAÇÃO TOTAL

2. INCAPACIDADE TOTAL 

MAS ISSO É UM OUTRO ASSUNTO,QUE DEPOIS FALAREMOS


terça-feira, 27 de novembro de 2018

ANGEOLOGIA

                                                          ANGEOLOGIA



Crer em anjos não somente é bíblico,mas também histórico.

A crença de que uns são bons e outros maus é uma unidade,mas que originalmente eram de alta estima e como seres de elevada categoria,com liberdade moral,engajados no jubiloso trabalho de Deus.

Os anjos tem corpos etéreos e são de uma perfeição em alto nível,e talvez essa condição que levou alguns abusarem da liberdade e caírem.

Satanás era,segundo a crença,o chefe dos anjos,sendo o orgulho o motivo de sua queda,juntamente com seus subordinados( Alguns interpretam Gênesis 6:2 como o motivo dos subordinados,mas essa é outra história)

Essa crença se chega à uma conclusão lógica: assim como os anjos atendem às necessidades dos salvos,os anjos maus são os responsáveis por calamidades,doenças etc...

A idéia de hierarquia surgiu com Clemente de Alexandria.Dionísio Areopagita os dividiu em 3 categorias : Primeira ( Tronos,Querubins e Serafins ),Segunda ( Domínios e Poderes),Terceira ( Arcanjos e Anjos)

Agostinho defendia que os anjos bons foram agraciados devido sua obediência e fidelidade com o "dom da perseverança".

Acredita-se que os anjos caídos exercem uma influência maléfica aos homens,tais como corromper o coração,heresias,moléstias e calamidades.

Na Idade Média mudou-se a opinião de corpos etéreos para corpos incorpóreos,já que admitiam que os anjos assumiam formas corporais em suas aparições temporárias e por incrível que pareçam criam na heresia do "anjo da guarda"

A criação dos anjos,foi outro objeto de discussão,crendo quase que unanime que foram criados no tempo da criação material,mas muita polêmica quanto à capacidade de conhecimento dos mesmos.

A Reforma nada trouxe de novo,tanto que Lutero e Calvino praticamente reafirmaram o que se cria,sendo que Calvino frisa que satanás está debaixo do domínio de Deus e só pode agir dentro dos limites prescritos.

CONFISSÃO BELGA : “Ele criou também os anjos bons, para serem Seus mensageiros e servirem Seus eleitos, alguns dos quais caíram daquele estado de perfeição em que Deus os criara, para eterna perdição deles; e os outros, pela graça de Deus, permaneceram firmes e continuaram em seu primitivo estado. Os demônios e os maus espíritos são depravados que são inimigos de Deus e de todo bem, no máximo de sua capacidade, como assassinos que lutam pela ruína da igreja e de cada um dos seus membros, e pela destruição de todos, com os seus vis estratagemas; e, portanto, por sua iniquidade, estão sentenciados à perdição eterna, em diária expectação dos seus horríveis tormentos”

O racionalismo,claro,negou a existência dos anjos,sendo que os teólogos liberais vêem como uma forma alegórica de falar sobre o cuidado de Deus

Taí uma breve introdução sobre o assunto


sexta-feira, 9 de novembro de 2018

GNOSTICISMO

"A antiga heresia do Gnosticismo,a espiritualidade da Nova Era e a visão pós-moderna"                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Numa era de relativismo e tolerância, numa tentativa orquestrada nos círculos liberais cristãos de propor essa distorção tanto como uma expressão válida, alternativa ou mesmo superior ao Cristianismo antigo e um novo modo de vida para aqueles que procuram uma inovação espiritual no crepúsculo do Cristianismo ocidental.                                                                                                                                                                                                                                          Lennon fez uma afirmação muito incomum para alguém não treinado em teologia ou filosofia: “Parece-me que os únicos cristãos verdadeiros eram (são?) os gnósticos, que crêem no autoconhecimento, isto é, em tornarem-se Cristo eles mesmos, ao alcançar Cristo interior”                                                                                                                                                                                        Um programa deliberadamente anticristão pode motivar as recentes mudanças na sociedade. Essas mudanças são certamente o resultado da evolução natural do processo democrático.                                                                                                                                                        A relatividade, o compromisso e a civilidade sem princípio têm substituído o pensamento antiético e claro da Escritura.( “Eu colocarei inimizade entre (...) tua descendência e o teu descendente” )                                                                                                                                                    Por trás das portas de carvalho de impecáveis lares do subúrbio e de áreas cirurgicamente estéreis de clínicas de aborto, o sangue de nosso povo brada. A batalha pela alma desta nação e da civilização ocidental campeia de modo descontrolado. 

          Não se trata de um videogame da mente do qual o jogador volta à realidade quando a ficha da máquina chega ao fim. Lares e casamentos, assim como bebês não-nascidos, são esfrangalhados em uma cultura proclamada como o exemplo da civilização esclarecida.                       A Igreja defensora dos grandes valores da cultura cristã, está cambaleante, perigosamente ferida por uma ideologia radical de “permissividade”, do direito de escolha e da autonomia pessoal. 

         Idéias importam. A ideologia se torna um programa político. No palco central no teatro da guerra que atinge a todos está a batalha das visões de mundo. Uma visão de mundo é o que as pessoas pensam quando estão o menos cientes possível – enquanto assistem à televisão ou lêem o jornal. É nesse nível inconsciente que a luta é mais crítica.                                                                         Na entrada do terceiro milênio, dois modos radicalmente opostos de entender a natureza humana e o universo se rivalizam:

         Um defende a verdade, o outro a mentira diabólica. Um segue o Deus da Bíblia, o outro segue os deuses do paganismo. 

         Os revolucionários de hoje têm lançado sua arma secreta, a “tolerância”, que sorrateiramente se arrastou para dentro de nossas defesas para golpear o coração da cultura. Ela explode a oposição com acusações que induzem à culpa de intolerância, enquanto introduz folhetos, que propõem o ensino irracional e pernicioso de que tudo é relativo, que flutuam nas brisas agradáveis da unidade.                                                                                                                          Em tempo de guerra, um exército não pode ser “tolerante” em relação ao invasor. Os liberais religiosos querem o rótulo de intolerância radical demoníaca para qualquer um que não tenha sua visão de mundo. Mas quando a retórica emotiva desaparece, nós devemos perguntar como um cristão pode tolerar o erro ou a igreja uma ideologia que nega cada elemento de sua fé.                                                                                                                                              O século XXI promete uma sociedade sem patriarquia, isto é, sem a tradicional estrutura de família, e, no final de tudo, sem Deus o Pai, criador dos céus e da terra.                                                Esta revolução penetra em cada lar e alma, redefinindo a sexualidade, a espiritualidade, Deus, a religião e a revelação. A homossexualidade torna-se a expressão sexual preferida, e a família tradicional uma estrutura minoritária.

         Enquanto alguns na igreja estão acordados, muitos continuam dormindo, inconscientes do “Jogo do Século” que flutua pelas telas de suas vidas.

        O “jogo” não coloca mais as forças escuras do humanismo ateísta e do materialismo sem deus contra a espiritualidade “cristã” ocidental. O conflito atual é entre duas poderosas espiritualidades; o teísmo cristão/Deus o Pai, e o monismo pagão/a deusa Mãe.

        Se as entidades espirituais e os seguidores da Nova Era consideram a rebelião contra cultural dos anos 60 como um momento tão importante para a vinda da nova religião, talvez os cristãos devessem parar e ouvir.

       A rejeição da autoridade dos anos 60, a rejeição da moral sexual bíblica, e a busca de uma nova espiritualidade.Não são instrumentos de uma revolução frustrada. São ferramentas para a destruição da civilização ocidental.

A orgulhosa crença do Iluminismo de que todos os problemas do homem poderiam ser resolvidos por uma razão humana autônoma, livre da revelação divina.(Jesus contou sobre a casa da qual um demônio sai e que mais sete vêm habitar; um mundo purificado do humanismo racional e ateísta aguarda seus novos inquilinos.) 

Em seu livro, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, C. S. Lewis criou um mundo congelado sob o poder da bruxa branca. Uma de suas maldições condenou Nárnia a um inverno eterno sem Natal. Ele nem imaginaria que suas palavras seriam tão proféticas assim. Um mundo sem Natal proclama silenciosamente o fim da civilização ocidental que conhecemos e o começo da noite infeliz da alma humana. 

(A revolução sexual de hoje vai além do relacionamento extramarital, pré-marital e atividades heterossexuais de múltiplos parceiros. “Vale-tudo” tem se tornado a promoção da mídia de massa não somente da heterossexualidade imoral liberada, mas também do sadomasoquismo, da bissexualidade, da homossexualidade e da pornografia.3 2 De acordo com a lógica do sistema, a pedofilia e a bestialidade não podem estar longe  

Levítico 20 lista as seguintes proibições: o adultério, o sacrifício de crianças, a consulta a médiuns, a homossexualidade e a bestialidade. Tais abominações foram a causa central da destruição das antigas nações pagãs,será que escaparemos de uma destruição divina? 

Pela primeira vez na história uma geração de jovens  está sendo orientada pelos líderes do governo que, se usarem camisinha;"a promiscuidade é perfeitamente segura, que de fato não há problema algum" 

  Pode ser que esta necessidade de trazer à memória um antigo sistema simbólico [politeísmo] para novos propósitos esteja por trás do recentes interesses no ocultismo, na mágica, na vida extraterrestre, no hinduísmo da Índia e no budismo japonês, na China cheia de demônios, na feitiçaria, em novas formas de vida familiar múltipla, nas comunidades, nas “novas religiões”, e em muitos outros estilos de vida alternativos e sistemas significativos que têm sido até aqui estranhos .                                                                                                                                                        Espiritualidade multicultural                                                                                                                                                                                                                                                                               

 Os gurus vieram para o Ocidente.                                                                                             Viagens quimicamente inspiradas de viciados em LSD e predições de politeístas têm se diversificado dentro da espiritualidade multicultural .                                                                Veja só a propaganda : meditação hindu “chakra* ”, ioga, bruxaria, mediunidade, viagens astrais, visualização, sexo kundalini* , animismo  nativo, mais todos os deuses e  deusas que se pode suportar .                                                                                                                                               Destroçou a civilização cristã ocidental, especialmente a família.                                                       Vítimas de um experimento social radical abarrotam os grupos de auto-ajuda. Ao prometer liberdade, paz e amor, a revolução entregou somente a liberdade de um trem descarrilado e a paz de um peixe na areia da praia.                                                                                                              A “era terapêutica”, não poupa dinheiro ou conselho para atingir um conforto emocional.          Os devotos da “geração destrutiva” já passaram por até três divórcios em busca de uma liberdade pessoal. Seus filhos, com falta de estruturas familiares fortes, rejeitaram a disciplina que os pais tentaram impor e se voltaram para os amigos e para as drogas em busca de consolo. Os últimos 25 anos de uma vasta “destruição” na vida familiar. 

A desconstrução da família judeu-cristã americana cria um vácuo voraz rapidamente preenchido pelos “estilos alternativos de família” . Como essas estruturas parecem melhor do que estrutura nenhuma, o público as aceita sem examinar a visão da espiritualidade pagã que as gerou. 

Descobriu-se o misticismo e retornaram para fazer nascer uma religião híbrida relativista, um monismo espiritual ocidental. Este novo monismo pagão une-se às religiões orientais na idéia de que tudo um e um é tudo, seja na tecnologia ocidental, na autodeterminação democrática ou no ideal do igualitarismo autônomo. O todo está vestido de forma “cristã” para um consumo ocidental geral.  A mistura forma um poderoso elixir que acende as mentes e os corações dos transformadores sociais ao entrar um novo milênio. Fundamentada na revolução dos anos 60, a nova consciência floresce na teologia da liberação, no movimento de liberação das mulheres, na busca dos homosexuais e das lésbicas por reconhecimento social e religioso, multiculturalismo e uma posição politicamente correta. Gottlieb analisa a “segunda vinda” dos anos 60 como uma nova proposta para a transformação religiosa e espiritual, não somente do eu, mas do mundo.       

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

IGREJA CONFORMADA

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.”                                              

(Atos 2:42-47) 


Nós, os cristãos, estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. 

Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e "redescobrir" a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. 

O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, está levando-a a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. 

A igreja está no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniquidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14) 

Na eternidade, Deus nos reunirá aos redimidos por Cristo como um só povo, do qual o apóstolo João teve uma antecipação extraordinária: 

“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” (Apocalipse 7:9-10) 

Neste livro tomaremos como base para nossa reflexão sobre a igreja os capítulos da primeira carta de Paulo aos Coríntios. Antes, a título de introdução, daremos uma olhada na igreja primitiva, como a descreve Lucas no livro de Atos.

 UMA IGREJA VIVA 

É natural que para responder esta pergunta voltemos ao relato de Pentecostes no livro de Atos.

 É bom que sejamos realistas na leitura. 

Costumamos ver a igreja primitiva com uma atitude idealista, romântica. Maravilhamo-nos com seu ímpeto evangelístico, seu impacto transformador no mundo. Falamos dela com admiração, como se não tivesse defeito; esquecemo-nos das heresias, das hipocrisias, das rivalidades e imoralidades que perturbavam a igreja primitiva tanto quanto a perturba hoje.

 Contudo, existe algo evidente: essa igreja primitiva em Jerusalém foi profundamente renovada pelo Espírito Santo. 

Qual era a evidência da presença e do poder do Espírito Santo? 

Se pudermos responder esta pergunta, poderemos também responder outra: Qual é a evidência da presença do Espírito Santo na igreja de hoje? 

Lucas descreve 4 marcas de uma igreja cheia do Espírito. 

Esses são traços que deveriam caracterizar toda igreja aberta para a presença e o poder do Espírito Santo. 

1.Ensinamento apostólico 

Esta primeira característica é surpreendente e não muitas congregações a teriam em conta hoje. 

A igreja viva é uma igreja que está aprendendo, uma comunidade que estuda. 

A primeira coisa que Lucas disse sobre esta igreja renovada pelo Espírito é que ela perseverava na doutrina dos apóstolos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42).

Poderíamos dizer que, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo abriu uma escada para a igreja. Os mestres da escola eram os apóstolos, a quem Jesus tinha escolhido e treinado: e haviam três mil estudantes… na realidade, meninos do jardim de infância. Estes recém-nascidos para a fé, convertidos e cheios do Espírito Santo, não estavam dedicados a desfrutar de uma experiência mística que os fizera se esquecer ou de arrazoar sobre o que criam. 

Pelo comentário, perseveravam na doutrina dos apóstolos e queriam aprender tudo o que fosse possível. Tinham fome da verdade e queriam sentar-se aos pés dos apóstolos e absorver seus ensinamentos. A plenitude do Espírito Santo é incompatível com o anti intelectualismo. O Espírito de Deus é Espírito de verdade. Esse foi um dos títulos que Jesus mesmo deu ao Espírito. Se quisermos estar cheios do Espírito, sua verdade será importante para nós.

Aqueles crentes primitivos não pensaram que bastava para eles a presença do Espírito Santo em seu interior para conhecer a verdade. Não deram por certo que, por haver recebido a plenitude do Espírito Santo, este era o mestre que precisavam, e que poderiam prescindir dos mestres humanos.
Não foi assim na igreja primitiva. 

Os novos crentes sabiam que Jesus havia nomeado os apóstolos para que fossem mestres da igreja, e procuravam aprender todo o possível e perseveravam na sua doutrina. 

Como se aplica isto à igreja de hoje? 

O que significa para nós perseverar na doutrina dos apóstolos, ser fiel em conservar seus ensinamentos? 

Entendemos que já não há apóstolos na igreja. Pode haver ministérios apostólicos, como os que realizam missões, os plantadores de igreja, os líderes. Estas pessoas exercem ministério ou função apostólica, mas não podemos chamá-las de apóstolos no sentido da igreja primitiva.

Ninguém na igreja atual tem uma autoridade comparada a Pedro ou qualquer dos apóstolos de Jesus Cristo. Eles tinham uma autoridade única para ensinar em nome de Jesus e ninguém tem essa autoridade hoje. Então, se não há apóstolos na igreja contemporânea, como podemos nos submeter aos ensinamentos dos apóstolos? 

Seus ensinamentos chegaram até nós pela Bíblia. 

O Novo Testamento é precisamente isso: os ensinamentos dos apóstolos. Esta é a única classe de sucessão apostólica em que cremos, a continuidade da doutrina apostólica por meio do Novo Testamento. 

Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja bíblica, uma igreja neotestamentária, uma igreja apostólica. Nela se ensina as Escrituras. Os pais ensinam a Bíblia aos filhos. Os membros da igreja lêem e refletem sobre as Escrituras todos os dias. 

O Espírito de Deus dirige o seu povo a submeter-se à Palavra de Deus, e quando o faz, essa igreja se renova com a presença do Espírito Santo. Comunhão e ajuda mútua 

2. Amor e o cuidado mútuo entre os crentes. 

Se a primeira marca é o estudo, a segunda é a comunhão. 

A palavra comunhão que utilizam algumas versões é a tradução de koinonia. 

Este termo descreve aquilo que temos em comum, o que compartilhamos como crentes em Cristo. 

Isto se refere a duas verdades complementares: 

Em primeiro lugar, compartilhamos a graça de Deus. 

O apóstolo João começa sua primeira carta com estas palavras: 

“Nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo...” 

Paulo fala da comunhão que temos com o Espírito Santo. A comunhão autêntica é uma comunidade trinitária. Nós os crentes participamos em comum no Pai, no Filho e no Espírito Santo. 

Em segundo lugar aspecto da koinonia é o que temos e  damos

Este é o aspecto a que Lucas dá ênfase. 

Em suas cartas, Paulo usa esta mesma palavra, koinonia, para referir-se a uma oferta que estavam dando às igrejas. O adjetivo koinônico significa “generoso” e, nesta passagem, Lucas descreve a generosidade dos cristãos primitivos: 

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45) 

Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? 

Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. 

Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. 

Este foi também o chamado de Francisco de Assis, na idade média, e provavelmente é o chamado de Madre Tereza, em Calcutá. 

Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. 

Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. 

A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir. Mas, mesmo que não seja o nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos. 

O primeiro fruto do Espírito Santo é o amor. Em particular, a igreja primitiva cuidava dos pobres, e compartilhava com eles parte de suas possessões. Esta atitude deve caracterizar a igreja em todos os tempos. 

A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. 

A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza. Conhecemos as estatísticas. O número de gente que vive na miséria, sem cobrir as necessidades básicas para sobreviver, é aproximadamente de um bilhão. A média dos que morrem de fome cada dia é de dez mil pessoas. 

Como podemos viver com estas estatísticas? Nós cristãos que vivemos em países mais ricos devemos ajustar nosso estilo de vida e viver com mais simplicidade. Não porque cremos que isto vai solucionar os problemas macroeconômicos do mundo, senão por solidariedade com os pobres. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja generosa. 

A generosidade tem sido sempre uma característica do povo cristão porque nosso Deus é um Deus generoso. Por isso, outra palavra que expressa a atitude de generosidade é a palavra “graça”. Se Ele dá tudo de graça, se nosso Pai é generoso, Seus filhos também devem ser generosos. Adoração prazerosa e reverência Os primeiros cristãos não eram só fiéis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros. Também se reuniam e participavam juntos “no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42). “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (Atos 2:46) O partir o pão se refere, sem dúvida, a Ceia do Senhor. Provavelmente, além dos símbolos do corpo e do sangue de Cristo na igreja primitiva havia também uma ceia compartilhada, um ágape. 

As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas, mas sim as reuniões de oração.

 Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja renovada: 

1.)Aqueles cristãos mostravam equilíbrio nos dois sentidos. Por um lado a adoração era formal e informal. Isso deduzimos do versículo 46, onde nos é dito que adoravam nas casas e no templo. É interessante que os primeiros cristãos continuaram adorando no templo. 

Não abandonaram de imediato a igreja institucional; queriam reformá-la de acordo com o evangelho. Seguramente não participavam dos sacrifícios do templo, porque entendiam que os sacrifícios já haviam sido cumpridos definitivamente com a morte e ressurreição de Cristo. No entanto, continuaram participando das reuniões de oração no templo. 

Estas reuniões tinham certa formalidade, mas os cristãos as suplementavam com reuniões mais informais e espontâneas nos lares. 

Creio que aqui há uma lição importante para a igreja contemporânea. Algumas igrejas são demasiado conservadoras. Resistem a mudanças, parecem feitas de cimento; seu lema parece ser a expressão litúrgica, ‘para sempre, pelos séculos dos séculos, amém...’ 

Nesse tipo de congregação os adultos precisam escutar os jovens, e estes deveriam estar representados na direção da igreja. Não é necessário que estejamos sempre de acordo com eles, porém devemos escutá-los com respeito. 

Os jovens, por sua vez, entenderam que a maneira com que Deus transforma a igreja institucional é mais pela reforma paciente do que pela revolução violenta. 

Não precisamos nos opor ao formal através do informal; cada um é apropriado no seu momento. 

Precisamos dos serviços dignos e solenes no templo, mas também precisamos nos encontrar nos lares, onde podemos ser mais informais e espontâneos. 

A adoração se enriquece tanto com a dignidade como com a espontaneidade. 

2.)Um segundo aspecto do equilíbrio que guardava a adoração na igreja primitiva era sua atitude de gozo e ao mesmo tempo reverente. 

A palavra que traduz “alegria” no versículo 46 descreve gozo exuberante. Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações... Como não iram estar alegres! 

O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria. Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. 

Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri, ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por quê? Alegremo-nos no Senhor! 

Cada reunião deve ser uma celebração alegre. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. 

Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus. Evangelização contínua 

Finalmente, uma igreja viva é uma igreja evangelizadora. Até aqui, temos considerado no estudo a comunhão e a adoração. Lucas nos diz que a igreja era fiel e perseverava nas coisas.

 Esses eram os feitos característicos da igreja, cheia do Espírito Santo desde o dia de Pentecostes: aprendiam dos apóstolos, ajudavam uns aos outros, adoravam a Deus. 

Se a passagem terminasse aqui, esta seria uma igreja incompleta. Não há referência sobre o mundo, suas necessidades, sua alienação de Deus. Sempre é um risco tomar um versículo isolado. 

Atos 2:42 é um versículo favorito e clássico e se tem feito muitas mensagens e discursos sobre esta passagem. No entanto, se somente se faz referência ao versículo 42, todas essas mensagem ficam desequilibradas. Não há ali uma descrição completa e harmônica da igreja. Não poderíamos pensar em uma igreja como uma comunidade ocupada unicamente de si mesma, como se tivesse abandonado o mundo necessitado que está do lado de fora. Somente quando chegamos ao final da passagem, se completa a perspectiva: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (Atos 2:47) Nesta breve referência podemos aprender alguns pontos sobre a evangelização. O primeiro é que o Senhor mesmo acrescentava os que haviam de ser salvos. O Senhor Jesus inclui cada dia novos crentes à igreja. Certamente, Jesus Cristo delega aos ministros e líderes da igreja a tarefa de admitir os novos membros da igreja mediante o batismo. Porém somente Ele pode admiti-los na igreja invisível, quando se arrependem e confiam em Jesus como Salvador e Senhor. O ensinamento, o testemunho diário dos membros da igreja e sua vida de amor aos demais, são os meios que Deus usa para fazer chegar Sua mensagem ao mundo. Porém quem salva e incorpora novos membros a Sua igreja é Jesus Cristo. Vivemos em uma época que confia muito no ativismo e na tecnologia. Sem dúvida, há de se fazer uso de toda tecnologia que o Senhor tem nos dado. Porém temos que nos humilhar diante de Deus e reconhecer que somente Cristo pode abrir os olhos dos cegos, destapar os ouvidos dos surdos e dar vida às almas mortas. A igreja hoje necessita ser mais humilde. Um segundo ponto sobre a evangelização é que Jesus fazia duas coisas, e estas devem sempre estar juntas. Acrescentava cada dia à igreja os que iam ser salvos, quer dizer, não os acrescentava sem serem salvos nem os salvava sem os acrescentar a igreja. Salvação e vinculação à igreja são dois atos que vão juntos. Em terceiro lugar, Jesus fazia isto cada dia. O Senhor fazia crescer dia a dia a comunidade. A evangelização não é um assunto ocasional, deve ser algo contínuo. Quando a igreja está cheia do Espírito Santo, se abre ao mundo necessitado de Deus e então as pessoas podem ser acrescentadas cada dia à igreja. Existem congregações que não têm tido um novo convertido nos últimos dez anos; e se chegassem a ter um, não saberiam o que fazer com ele,tão extraordinário é o fenômeno! Cultivemos a expectativa de que o Senhor acrescente diariamente novos membros à igreja. Relações renovadas Os quatro sinais da igreja que vemos na igreja primitiva têm todos a ver com nossas relações. O primeiro que se menciona é a relação com os apóstolos. Os cristãos se dedicavam a receber e conservar os ensinamentos dos apóstolos. Também estavam relacionados entre si: perseveravam na comunhão, se amavam uns aos outros, se cuidavam mutuamente. Certamente, se relacionavam com Deus. O adoravam no templo e nas casas, formal e informalmente, com alegria e com reverência. Finalmente, os primeiros cristãos estavam relacionados com o mundo fora da igreja, e por isso a cada dia chegavam mais pessoas que recebiam o evangelho de Jesus Cristo. Faz um tempo, escutei um grupo de jovens que havia visitado todas as igrejas da cidade, mas não tinha encontrado nenhuma que realmente lhes satisfizesse. Deixaram de buscar e se denominaram a si mesmos de “cristãos desligados”. Quando perguntei o que tinham estado procurando, o que entendiam que deveria ser a igreja, mencionaram quatro pontos. Aqueles jovens não tinham idéia de que estas qualidades estavam escritas no livro de Atos; disseram que estavam buscando uma igreja que tivesse pregação bíblica, onde a Palavra fosse exposta e que tivesse aplicação prática. Em segundo lugar, buscavam uma igreja que tivesse comunhão real, onde os membros se cuidassem mutuamente e se apoiassem. Em terceiro lugar, buscavam uma igreja que adorasse, na qual fosse uma realidade a presença de Deus. Em quarto lugar, estavam buscando uma igreja que tivesse um ministério para o mundo. O que aqueles jovens buscavam, como tantos outros, era nada menos que uma igreja viva, verdadeiramente renovada, uma igreja que mostrasse exatamente as quatro características que vimos estar presentes na igreja primitiva. O Espírito Santo veio em Pentecostes e Ele não deixou a igreja. Nossa responsabilidade não é esperar que o Espírito Santo volte, mas antes, reconhecer Sua soberania na igreja. Devemos nos humilhar ante Ele, buscar sua plenitude, sua direção e Seu poder. Quando isso ocorrer, nossa igreja se aproximará a esse maravilhoso ideal que nos apresenta o livro de Atos: o ensinamento apostólico, a comunhão uns com os outros, a adoração viva, e a evangelização contínua. Oremos por nossas igrejas, para que se renovem e cumpram o propósito para o qual Cristo fundou a Sua igreja!