quinta-feira, 9 de abril de 2020

Comentário de Isaías 21

                                                         ISAÍAS 21


Isaías é um profeta que fala sobre o julgamento das nações.

. Nos capítulos 1-5, Isaías apresentou uma série de sermões denunciando o pecado do povo de Deus.  

. No capítulo 6, encontramos o chamado do profeta Isaías.

. Nos capítulos 7-12, a grande trilogia de profecias messiânicas. Isaías proclamou as mensagens de Deus durante o reinado de Acaz.

Agora, nos capítulos 13-23, Isaías reitera alguns dos mesmos temas que havia manifestado:

Deus usa vários meios para punir o pecado, e julgará as nações que são arrogantes contra o povo da aliança. São mensagens contra nove nações dos gentios pecadores ou cidades ao redor de Judá.41 Nesses capítulos, o profeta revela o plano de Deus não apenas para Judá, mas também para as nações dos gentios

Podemos dividir Isaías 13 a 23 em 6 grupos de capítulos: 

• Capítulos 13 e 14 profecias contra a Babilônia, Assíria e os Filisteus 
• Capítulos 15 e 16 profecias contra Moabe 
• Capítulos 17-18 profecias contra a Síria, Israel, Judá e Damasco 
• Capítulos 19-20 profecias contra o Egito e Etiópia 
• Capítulos 21 e 22 profecias contra a Babilônia, Edom, Arábia e Jerusalém 
• Capítulo 23 profecia contra a cidade de Tiro.

Cada uma das seções começa com a expressão: “Sentença contra...”. 
A palavra traduzida como “sentença” (massa’) vem de uma raiz hebraica que significa “suportar um fardo”. Significa algo pesado, algo difícil de realizar ou algo difícil (pesado) de dizer. 
O Profeta estava carregando um fardo muito pesado por causa da natureza solene de sua mensagem (Jr 23.33). Ele estava anunciando julgamentos que envolviam a destruição de cidades e do abate de milhares de pessoas. Não admira que ele se sentisse sobrecarregado!

Mas Isaías obedeceu a Deus e proclamou tudo!  

Vamos ver aqui,apenas a que nos interessa que é a profecia contra a Babilônia,já que muitas interpretações foram publicadas,citando Isaías 21,quando na verdade,essa profecia começa bem antes ou seja no capítulo 13.


I. Profecia contra a Babilônia (Is 13.1-14.23; 21.1–10) 

“Sentença que, numa visão, recebeu Isaías, filho de Amoz, contra a Babilônia” (Is 13.1) – A palavra Babilônia (Babel, em hebraico) significa “confusão” (Gn 10.8-10; 11.1- 9). Nas Escrituras, a Babilônia simboliza o sistema mundial humano em rebelião contra Deus. Jerusalém e Babilônia são cidades contrastantes: uma é a cidade escolhida de Deus, outra, a cidade perversa do homem.Contudo, a cidade de Deus permanecerá para sempre, mas a cidade rebelde do homem será destruída (Ap 14.8; 16.19; 17-18).  

A. O Dia do Senhor (Is 13.1-16)

“Alçai um estandarte sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles; acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos tiranos” (v. 2) – Como em 5.26, o Senhor convocou exércitos estrangeiros para conquistar a Babilônia em toda a sua grandeza. “Uivai, pois está perto o Dia do SENHOR; vem do Todo-Poderoso como assolação” (v. 6) – A destruição da Babilônia será “o Dia do Senhor”, ou seja, o dia da vingança do Senhor. Será um dia de medo e fuga. Durante o julgamento de Deus, não haverá escapatória (v. 6-16).


B. A destruição da Babilônia (Is 13.17-22) 

“Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso de prata, nem tampouco desejarão ouro” (v. 17) – 
A cidade da Babilônia foi completamente destruída em 689 a.C. por Senaqueribe e reconstruída pelo filho de Senaqueribe. Mas em 539 a.C., Dario, o Medo, capturou a cidade (Dn 5.31), mas não a destruiu. Essa foi a primeira de muitas conquistas sobre a Babilônia ao longo dos séculos. Após a morte do seu último grande conquistador, Alexandre, o Grande, a cidade diminuiu e logo já não existia. Eventualmente, o local ficou deserto. Tornou-se refúgio das criaturas do deserto, assim como Isaías havia proclamado (v. 20-22).

C. O futuro de Israel (Is 14.1-4) 

 “Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e unir-se-ão a eles os estrangeiros, e estes se achegarão à casa de Jacó” (Is 14.1) – 

A queda da Babilônia foi parte do plano de Deus para o Seu povo. Ajudado por nações gentílicas, o povo de Deus mais uma vez se estabelecerá na terra de Canaã e os gentios serão servos do Senhor. Uma referência à igreja de Cristo conquistando as nações através do poder do Evangelho. 

 (O filho e sucessor de Senaqueribe foi Assaradão (681 - 669 a.C.), que expandiu seus domínios ao Nilo, estabelecendo sobre o Egito uma dominação inicialmente precária, tendo também reconstruído a Babilônia que fora destruída por seu pai, a qual pode ter se tornado a nova capital do Império Assírio durante algum período.)

D. A queda do rei tirano (Is 14.4b-21)


 “Povo de Israel, chegará o dia em que o SENHOR Deus vai livrá-los da escravidão, e assim vocês ficarão livres dos sofrimentos e dos trabalhos pesados que são forçados a fazer. Quando esse dia chegar, zombem do rei da Babilônia, recitando esta poesia: Vejam como desapareceu o rei cruel! Vejam como acabou a sua violência!” (Is 14.3-4, NTLH) – A canção de provocação sobre o rei da Babilônia é um dos poemas mais marcantes do Antigo Testamento. Ela contém quatro estrofes cada uma descrevendo uma cena diferente. 

Na primeira, Isaías descreve a terra com a notícia da queda da Babilônia. Agora que o tirano estava morto, a terra estava novamente tranquila (14.4b-8). No entanto, no Sheol, não era o caso, tudo estava agitado. 

Na segunda estrofe Isaías proclama como os espíritos dos mortos tiranos cumprimentavam o agora morto, rei de Babilônia, com lembretes de que o seu orgulho o havia humilhado. Ele foi enterrado com pompa apenas para ter o seu cadáver real devorado por vermes (14.9-11). 

Na terceira estrofe Isaías descreve a queda meteórica do tirano. “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Is 14.12) – A cena muda abruptamente do mundo para o céu, com o intuito de enfatizar o orgulho do rei da Babilônia e de Satanás que lhe de dá poder. O brilho de uma estrela na madrugada de repente desaparece quando o sol nasce. 

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!” (Is 14.12) – A Vulgata Latina (uma versão para o latim da Bíblia Sagrada) traduziu “estrela da manhã” por “Lúcifer”, que veio a se tornar nome próprio e, depois, foi aplicado a Satanás. O rei da Babilônia caiu como uma estrela do céu, ou seja, de grande altura política. Ele aspirava à assembleia dos deuses nas alturas do norte. No entanto, ele foi abandonado nas profundezas do abismo do inferno (14.12-15). Isaías viu neste evento algo muito mais profundo do que a derrota de um império. Na queda do rei da Babilônia, ele viu a derrota de Satanás, o “príncipe deste mundo”, (Jo 12.31; Ef 2.1-3).50 Nada poderia salválo da morte e da decadência no túmulo. 

Na quarta estrofe Isaías proclama o espanto na terra sobre essa tragédia final. Os espectadores não conseguiam acreditar no terrível destino do rei da Babilônia. Os habitantes da Terra expressam a esperança de que o nome do tirano seja esquecido e seus herdeiros destruídos (14.16-21). 

Todos os reis não importam quão invencíveis possam parecer, sairão de cena. Em sua morte, por exemplo, Senaqueribe não recebeu um enterro decente como a maioria dos reis (v. 18). Ele foi assassinado por seus filhos Adrameleque e Sarezer, que foram incapazes de governar em seu lugar (v. 21), porque tiveram que fugir para salvar suas vidas (2Rs 19.37).

Após várias profecias contra algumas nações ( Assíria,Filisteus,Moabe,Damasco e Efraim,Etiópia, Egito (mostrando especificamente como acontecerá a esta nação,narra a conversão dessa nação,citando 5 cidades que se converterão,porém,alguns, no entanto, permanecerão endurecidos no pecado (“cidade da destruição”). Egípcios convertidos falarão “a língua de Canaã”, ou seja, a língua em que o verdadeiro Deus é adorado. Além disso, eles jurarão obedecer ao Senhor (19.18). “... Uma delas se chamará Cidade do Sol” (v. 18) – Heliópolis, uma das principais cidades do extremo sul do Delta do Egito, adorava ao deus sol. Tal mudança é significativa (deixaram de adorar o deus sol para adorar o Deus verdadeiro) a fim de provar para o mundo e para Israel de que muitos egípicios haviam se arrependido),Dumá (Edom),Arábia e à própria Jerusalém,Tiro,Isaías conclui esse tema

Conclusão

Nossa jornada através desses onze capítulos nos ensinou que Deus está no trono do universo. Nada escapa ao Seu controle. Ele governa e reina em majestade e glória. 

Ele conhece todos os detalhes de nossa vida. Ao longo da história muitos tentaram conquistar e dominar o mundo. 

O primeiro e mais poderoso usurpador foi Satanás. Depois de sua rebelião contra Deus ele foi esmagado e seus seguidores foram expulsos do céu (Lc 10.18; Ap 12.3-4), e se tornou o “deus deste mundo” (2Co 4.4). 

Ele inspirou vários seres humanos, homens como Nabucodonosor, Dario, Alexandre, o Grande, os imperadores de Roma, Átila o huno, Gengis Khan, Napoleão, Lenin, Stalin e Hitler.

Entretanto, todos eles têm algo em comum: eles falharam! Apenas um tem o direito, o poder e a autoridade para governar a terra: O Senhor Jesus Cristo. 

Ele um dia vai tomar de volta o que é Seu por direito. 


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