Isaías é um profeta que fala sobre o julgamento das nações.
. Nos capítulos 1-5, Isaías apresentou uma série de sermões denunciando o pecado do povo de Deus.
. No capítulo 6, encontramos o chamado do profeta Isaías.
. Nos capítulos 7-12, a grande trilogia de profecias messiânicas. Isaías proclamou as mensagens de Deus durante o reinado de Acaz.
Agora, nos capítulos 13-23, Isaías reitera alguns dos mesmos temas que havia manifestado:
Deus usa vários meios para punir o pecado, e julgará as nações que são arrogantes contra o povo da aliança. São mensagens contra nove nações dos gentios pecadores ou cidades ao redor de Judá.41 Nesses capítulos, o profeta revela o plano de Deus não apenas para Judá, mas também para as nações dos gentios
Podemos dividir Isaías 13 a 23 em 6 grupos de capítulos:
• Capítulos 13 e 14 profecias contra a Babilônia, Assíria e os Filisteus
• Capítulos 15 e 16 profecias contra Moabe
• Capítulos 17-18 profecias contra a Síria, Israel, Judá e Damasco
• Capítulos 19-20 profecias contra o Egito e Etiópia
• Capítulos 21 e 22 profecias contra a Babilônia, Edom, Arábia e Jerusalém
• Capítulo 23 profecia contra a cidade de Tiro.
Cada uma das seções começa com a expressão: “Sentença contra...”.
A palavra traduzida como “sentença” (massa’) vem de uma raiz hebraica que significa “suportar um fardo”. Significa algo pesado, algo difícil de realizar ou algo difícil (pesado) de dizer.
O Profeta estava carregando um fardo muito pesado por causa da natureza solene de sua mensagem (Jr 23.33). Ele estava anunciando julgamentos que envolviam a destruição de cidades e do abate de milhares de pessoas. Não admira que ele se sentisse sobrecarregado!
Mas Isaías obedeceu a Deus e proclamou tudo!
Vamos ver aqui,apenas a que nos interessa que é a profecia contra a Babilônia,já que muitas interpretações foram publicadas,citando Isaías 21,quando na verdade,essa profecia começa bem antes ou seja no capítulo 13.
I. Profecia contra a Babilônia (Is 13.1-14.23; 21.1–10)
“Sentença que, numa visão, recebeu Isaías, filho de Amoz, contra a Babilônia” (Is 13.1) – A palavra Babilônia (Babel, em hebraico) significa “confusão” (Gn 10.8-10; 11.1- 9). Nas Escrituras, a Babilônia simboliza o sistema mundial humano em rebelião contra Deus. Jerusalém e Babilônia são cidades contrastantes: uma é a cidade escolhida de Deus, outra, a cidade perversa do homem.Contudo, a cidade de Deus permanecerá para sempre, mas a cidade rebelde do homem será destruída (Ap 14.8; 16.19; 17-18).
A. O Dia do Senhor (Is 13.1-16)
“Alçai um estandarte sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles;
acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos tiranos” (v. 2) – Como em
5.26, o Senhor convocou exércitos estrangeiros para conquistar a Babilônia em toda a
sua grandeza. “Uivai, pois está perto o Dia do SENHOR; vem do Todo-Poderoso como
assolação” (v. 6) – A destruição da Babilônia será “o Dia do Senhor”, ou seja, o dia da
vingança do Senhor. Será um dia de medo e fuga. Durante o julgamento de Deus, não
haverá escapatória (v. 6-16).
B. A destruição da Babilônia (Is 13.17-22)
“Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso de prata,
nem tampouco desejarão ouro” (v. 17) –
A cidade da Babilônia foi completamente
destruída em 689 a.C. por Senaqueribe e reconstruída pelo filho de Senaqueribe. Mas
em 539 a.C., Dario, o Medo, capturou a cidade (Dn 5.31), mas não a destruiu. Essa foi a
primeira de muitas conquistas sobre a Babilônia ao longo dos séculos. Após a morte do
seu último grande conquistador, Alexandre, o Grande, a cidade diminuiu e logo já não
existia. Eventualmente, o local ficou deserto. Tornou-se refúgio das criaturas do
deserto, assim como Isaías havia proclamado (v. 20-22).
C. O futuro de Israel (Is 14.1-4)
“Porque o SENHOR se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e unir-se-ão a eles os estrangeiros, e estes se achegarão à casa de Jacó” (Is 14.1) –
A queda da Babilônia foi parte do plano de Deus para o Seu povo. Ajudado por nações gentílicas, o povo de Deus mais uma vez se estabelecerá na terra de Canaã e os gentios serão servos do Senhor. Uma referência à igreja de Cristo conquistando as nações através do poder do Evangelho.
(O filho e sucessor de Senaqueribe foi Assaradão (681 - 669 a.C.), que expandiu seus domínios ao
Nilo, estabelecendo sobre o Egito uma dominação inicialmente precária, tendo também
reconstruído a Babilônia que fora destruída por seu pai, a qual pode ter se tornado a nova capital
do Império Assírio durante algum período.)
D. A queda do rei tirano (Is 14.4b-21)
“Povo de Israel, chegará o dia em que o SENHOR Deus vai livrá-los da
escravidão, e assim vocês ficarão livres dos sofrimentos e dos trabalhos pesados que
são forçados a fazer. Quando esse dia chegar, zombem do rei da Babilônia,
recitando esta poesia: Vejam como desapareceu o rei cruel! Vejam como acabou a
sua violência!” (Is 14.3-4, NTLH) – A canção de provocação sobre o rei da Babilônia é
um dos poemas mais marcantes do Antigo Testamento. Ela contém quatro estrofes
cada uma descrevendo uma cena diferente.
Na primeira, Isaías descreve a terra com a notícia da queda da Babilônia. Agora
que o tirano estava morto, a terra estava novamente tranquila (14.4b-8). No entanto, no
Sheol, não era o caso, tudo estava agitado.
Na segunda estrofe Isaías proclama como os espíritos dos mortos tiranos
cumprimentavam o agora morto, rei de Babilônia, com lembretes de que o seu orgulho o
havia humilhado. Ele foi enterrado com pompa apenas para ter o seu cadáver real
devorado por vermes (14.9-11).
Na terceira estrofe Isaías descreve a queda meteórica do tirano. “Como caíste do
céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que
debilitavas as nações!” (Is 14.12) – A cena muda abruptamente do mundo para o céu,
com o intuito de enfatizar o orgulho do rei da Babilônia e de Satanás que lhe de dá
poder. O brilho de uma estrela na madrugada de repente desaparece quando o sol
nasce.
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva!” (Is 14.12) – A Vulgata
Latina (uma versão para o latim da Bíblia Sagrada) traduziu “estrela da manhã” por
“Lúcifer”, que veio a se tornar nome próprio e, depois, foi aplicado a Satanás. O rei da
Babilônia caiu como uma estrela do céu, ou seja, de grande altura política. Ele aspirava à
assembleia dos deuses nas alturas do norte. No entanto, ele foi abandonado nas
profundezas do abismo do inferno (14.12-15). Isaías viu neste evento algo muito mais
profundo do que a derrota de um império. Na queda do rei da Babilônia, ele viu a
derrota de Satanás, o “príncipe deste mundo”, (Jo 12.31; Ef 2.1-3).50 Nada poderia salválo da morte e da decadência no túmulo.
Na quarta estrofe Isaías proclama o espanto na terra sobre essa tragédia final. Os
espectadores não conseguiam acreditar no terrível destino do rei da Babilônia. Os
habitantes da Terra expressam a esperança de que o nome do tirano seja esquecido e
seus herdeiros destruídos (14.16-21).
Todos os reis não importam quão invencíveis possam parecer, sairão de cena. Em
sua morte, por exemplo, Senaqueribe não recebeu um enterro decente como a maioria dos reis (v. 18). Ele foi assassinado por seus filhos Adrameleque e Sarezer, que foram
incapazes de governar em seu lugar (v. 21), porque tiveram que fugir para salvar suas
vidas (2Rs 19.37).
Após várias profecias contra algumas nações ( Assíria,Filisteus,Moabe,Damasco e Efraim,Etiópia, Egito (mostrando especificamente como acontecerá a esta nação,narra a conversão dessa nação,citando 5 cidades que se converterão,porém,alguns, no entanto, permanecerão
endurecidos no pecado (“cidade da destruição”). Egípcios convertidos falarão “a língua
de Canaã”, ou seja, a língua em que o verdadeiro Deus é adorado. Além disso, eles
jurarão obedecer ao Senhor (19.18). “... Uma delas se chamará Cidade do Sol” (v. 18) –
Heliópolis, uma das principais cidades do extremo sul do Delta do Egito, adorava ao deus sol. Tal mudança é significativa (deixaram de adorar o deus sol para adorar o Deus
verdadeiro) a fim de provar para o mundo e para Israel de que muitos egípicios haviam
se arrependido),Dumá (Edom),Arábia e à própria Jerusalém,Tiro,Isaías conclui esse tema
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