sexta-feira, 28 de julho de 2017

A VIDA DE SAUL

SAUL O PONTO DE NÃO RETORNO


As marcas do seu caráter que fizeram dele um homem que desviou-se do coração de Deus e não encontrou mais o caminho de retorno.

Período de transição, por volta de 1.100 a.C.

#Confederação de Tribos Juízes e Profetas

#Monarquia Rei e Profetas

Monarquia submetida à Teocracia

#Fidelidade à Aliança :

.Temor manifesto em Obedecer
.Amor manifesto em Servir

" O perigo de cruzarmos o ponto de não retorno "

Saul permanece como um dos personagens bíblicos mais emblemáticos quanto ao perigo de “brincarmos “ com a graça de Deus.
Ele foi conduzido à posição de primeiro rei de Israel por pura escolha e manifestação da graça de Deus

Saul “excluiu-se da graça de Deus, pagou um preço altíssimos por isto, abrindo a porta para uma série de infortúnios para seus descendentes e para todo o Israel. O Novo Testamento nos alerta diversas vezes sobre o perigo de imitarmos Saul

Heb 12:15-17( Dt 21.16-17 ) ( Gn 27.38-39 ) ( 1 Coríntios 10:12 )

Heb 3:12


O QUE ESTA ETAPA DA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO ENSINA-NOS SOBRE O CARÁTER DE DEUS E O NOSSO PRÓPRIO CARÁTER (1 Sm 8,9)


A Bíblia não somente revela quem Deus é. Ela revela com muita clareza quem somos nós. 1 Sm 8 apresenta a análise d
e Yahweh sobre quem é Israel e quem somos nós



1.Nossa paixão por substitutos (8:5-8)


O pedido dos anciãos de Israel é: constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações. V.5

Os anciãos tinham duas boas desculpas: - Samuel já era muito velho - Os filhos de Samuel não eram como o pai – não estavam à altura da função de juiz.

A solução: uma nova forma de governo – monarquia

Como Deus avalia a situação?

1Sm 8:7,8 Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele. Segundo todas as obras que fez desde o dia em que o tirei do Egito até hoje, pois a mim me deixou, e a outros deuses serviu, assim também o faz a ti

O rei não é meramente um substituto para Samuel, mas para o próprio Yahweh.

- Pedir um rei não era considerado um erro em si mesmo ( Deut 17:14,15 )
- A falha de Israel não estava no pedido em si, mas no motivo para o pedido.
  (1 Sm 12 explica 1 Sm 8:7-8)
- Não é a monarquia, mas a confiança na monarquia que é o vilão da história
- Samuel experimentou o que Moisés, os profetas e o próprio Jesus experimentaram: “Não queremos que este homem reine sobre nós” (Lc 19:14)

Podemos observar também que o capítulo 7 estabelece um forte contraste com o capítulo 8 – no capítulo 7 Israel é apresentado em uma situação crítica e sem esperança (e sem rei!). Assim, Israel pratica o arrependimento, súplica e coloca sua esperança baseando-se no socorro de Deus em épocas passada (7:12), encontrando libertação. Não existe um rei poderoso, mas sim um fiel intercessor. Após a experiência do capítulo 7, na qual sua única arma foi a oração, Israel dá meia-volta e no capítulo 8 comete o mesmo erro do capítulo 4 - confiando na mesma provisão mecânica para sua segurança. No capítulo 4 uma superstição (“a arca entre nós”) tenta manipular Deus. No capítulo 8 , uma política (“um rei sobre nós”) é usada para tentar substituir Deus. O padrão idolátrico é o mesmo.

1. Temos a tendência de avaliar nossos problemas mecanicamente (piloto automático), ao invés de espiritualmente. Nosso primeiro impulso é achar que existe algo errado em nossas técnicas. A necessidade é por ajustes, não arrependimento.; há alguma coisa errada no sistema que precisa ser estudada e corrigida. Quão fácil é ir atrás de uma nova fórmula, ao invés de clamar por um novo coração.

2. Ao invés de buscar a Deus para socorrer-nos , estamos mais interessados em prescrever a forma que Deus deve usar para intervir em nossa vida. Nossa atenção não está na libertação que Deus promoverá mas em especificar qual método deverá ser usado para nos trazer libertação.

3. Yahweh algumas vezes atenderá nossos pedidos e nos colocará em contato com os perigos ligados aos pedidos que fizemos. (8:7ª, 9). O atendimento de Deus aos nossos pedidos pode não ser um sinal de seu favor mas de nossa obstinação. Muitas vezes a maior misericórdia de Deus está em não responder nossas orações exatamente como nós desejamos (ver Sl 106:15).

4. À luz da situação daqueles dias (8:1-3, 5ª) e perigo (12:12), o pedido de Israel por um rei era perfeitamente racional; embora Yahweh encarasse isso como uma rejeição ao Seu reinado sobre Israel. Nossas propostas e soluções podem ser completamente razoáveis, claramente lógicas, obviamente plausíveis – e profundamente ímpias.


2. - Nossa aversão à Santidade (8:5, 19-20)


Vamos entender por “aversão à santidade” a realidade de que nós não gostamos de ser diferentes por amor a Deus. Não gostamos de ser distintos, preferimos ser “harmonizados”. Assim era com Israel. Notamos acima que o desejo de Israel de ter um rei, mesmo um rei “como todas as nações”, era permitido conforme Dt 17:14. Contudo, para Israel, ser “como todas as nações” era mais do que uma expressão; tornou-se uma paixão. Depois da advertência solene de Samuel acerca do tipo de vida trazido pela monarquia, Israel recusou-se a mudar:

1Sm 8:19,20

Com um rei, pensava Israel, “seremos adequados, pertenceremos, aceleraremos. Afinal de contas, esta é a idade de ferro, e nós devemos ter estruturas compatíveis com as demandas dessa nova era”. Contudo Israel era único, por definição. (Dt 4:32-40). Israel não podia escapar de ser diferente. Mas ele podia tentar

Por quê paixão por adoração ao invés de entretenimento?
Por quê preferir agradar a Deus ao invés de esbaldar-se na busca da “plenitude pessoal”?
Por quê zelar pela pureza em nossas conversas?
Por quê devemos ter uma definição de sucesso diferente?
Por quê devemos ser desprendidos com a nossa aparência?
Por quê absoluta fidelidade no casamento?
Por quê castidade antes do casamento?

 “Uma das primeiras lições que temos que aprender... é uma completa desconsideração dos caminhos dos outros povos”


3.- Nossa imunidade à Sabedoria (8:11-18; 21-22)


 “Agora atenda-os; mas advirta-os solenemente” (v.9). Estas foram as ordens de Samuel. Samuel tinha que apresentar para Israel as consequências de viver sob uma monarquia. Ele não descreveu os possíveis abusos cometidos por reis, mas simplesmente as práticas usuais da monarquia. Israel deveria conhecer que monarquia tem seu custo.

O sumário feito por Samuel era simples: ‘ele tomará... ele tomará... ele tomará” Quatro vezes ele usa o verbo hebraico “laqah” (vv 11,13,14,16), advertindo que o rei se apossará de coisas muito preciosas para os súditos. Samuel quer enfatizar: pensem em seus filhos... pensem em suas filhas... pensem nas suas propriedades. Esta “posse” exercida pelos governantes reais, no limite, é chamada de: escravidão
(1Sm 8:17)

Mas a pior consequência, para os sensíveis espirituais, estava para ser declarada – o Senhor não os ouvirá.
(1Sm 8:18 )

O povo recusou-se a ouvir a voz de Samuel (v.19). As palavras de Samuel já haviam se mostrado totalmente confiáveis. (I Sm 3:19). Deixar de ouvi-las significou apartar-se da sabedoria. A cabeça-dura de Israel deve instruir-nos. Ela nos ensina, por exemplo, que conhecimento ou informação ou verdade não significa em si mesmo mudança ou maior poder. Ao contrário do que ouvimos com tanta frequência em nossos dias, educação pode clarificar; mas não consegue transformar. Há uma diferença entre ter a verdade e amar a verdade (2 Ts 2:10); somente a última leva a obedecer a verdade. Israel, portante, ouve a sabedoria de Deus mas não se submete a ela. Uma outra lição da resistência de Israel: Se Yahweh algumas vezes atende aos nossos pedidos para nosso próprio perigo, não deveríamos ficar tristes se ele não nos concede o que pedimos. Quantas misericórdias se escondem nessas negativas.

1 Sm 8 é seu espelho; ele revela Israel e revela você. Quão facilmente você desloca a verdade; quão envergonhado você fica de ser diferente: quão resistente a qualquer palavra que não concorda com sua opinião. Este é você - revelado!

 Em todo este trecho notamos que a providência de Yahweh está a serviço de sua misericórdia. Ele está enviando Saul a Samuel porque ele “libertará o meu povo das mãos dos filisteus” Já vimos que a monarquia não foi o ideal planejado por Deus para Seu povo. Apesar disto, Deus ouve o clamor do seu povo e utiliza a monarquia para salvar o povo. Se olharmos o contexto dos capítulos 8-14 veremos este princípio da atuação misericordiosa de Deus, apesar das más escolhas feitas por Israel.

Em cada assembleia, Israel é acusado; em cada ação, Yahweh mostra misericórdia providenciando salvação para seu povo. A rejeição mostrada por Israel não paralisa a providência de Deus. A estupidez de Israel não consegue tirar o vigor das compaixões de Yahweh. Os versículos 9:15-17 não são apenas a chave para interpretar todo o trecho de 9:1-10:16, mas também são a lente para magnificar a misericórdia de Yahweh à luz do capítulo 8. Este povo tolo e obstinado não cessa de ser o objeto das compaixões de Deus. Obviamente, Deus não faz vistas grossas ao pecado, Mas certamente, se você é filho de Deus, você se regozijará ao ver que seu Deus é obstinado em misericórdia, que seu pecado não seca a fonte de suas compaixões, que sua piedade recusa aceitar a rejeição do seu povo

A IDENTIDADE DE SAUL


1Sm 13:1 Saul tinha trinta anos de idade quando começou a reinar, e reinou sobre Israel quarenta e dois anos.
Será que Saul é o homem segundo o coração de Deus?
Esse é o tema das histórias de Saul

"De aparência esplêndida, simples e generoso, sempre disposto a confessar os seus pecados (11:12,13; 24:16-18); sempre ferozmente corajoso, havia nele, no entanto, uma instabilidade emocional que se tornaria o seu tropeço para a queda. (J. Bright)

A escolha de Saul como rei é difícil de entender. Como Deus podia escolher para ser rei alguém que estava predestinado ao fracasso? O seu chamado é tão incompreensível para a mente humana quanto o de Judas Iscariotes

Estudaremos a vida de Saul observando as transformações que se passaram no mundo exterior e no íntimo de Saul.

- o Caminho de Subida de Saul

FILHO DE QUIS
UNGIDO DE YAHWEH
REI EM MISPÁ
LIBERTADOR DE ISRAEL
REI EM GILGAL

- o Caminho de descida de Saul

Em seguida estudaremos o caminho de “descida” e como Saul cruzou o “ponto de não retorno” (1 Sm 13-29). Veremos como, a partir de algumas decisões tomadas, Saul entrou em uma espiral destrutiva que levou à sua rejeição como instrumento de Deus e a passos cada vez mais distantes do coração de Deus

Medo
 Inveja
Homicídio
Falso juramento
Profanação do sagrado
Necromancia
Suicídio

1 – O Filho de Quis – 1 Sm 9






Por isso, para cada uma das etapas da vida de Saul, vamos procurar identificar o que se passou no mundo exterior (parte visível o iceberg) e no mundo interior (parte submersa do iceberg). É importante notar que:


"QUEM ERA SAUL POR FORA"?

 Belo e Alto Família Rica, (apesar de não pertencer nem á tribo de Efraim nem de Judá)

" QUEM ERA SAUL POR DENTRO"?

Tímido e modesto 1Sm 9.21 e 1Sm 15:17 E Samuel disse: "Embora pequeno aos seus próprios olhos, você não se tornou o líder das tribos de Israel?

Temente a Deus

-Como Deus age nesta etapa ?


Providência (1Sm 9:3-27)

Uma série de acontecimentos foram desencadeados na vida do jovem Saul pela providência de Yahweh.

PROVIDENCIA é “o caminho maravilhoso, estranho, misterioso, imprevisível, usado por Deus para governar seu mundo e sustentar seu povo, e fazendo isto, frequentemente, sobre, sob, em torno, através e a despeito das coisas mais comuns de nossas vidas e mesmo das inclinações na nossa vontade.”
“Pense na cadeia de eventos comuns que trouxeram Saul até à pequena cidade – o vaguear de um rebanho de jumentas; a falha em seguir as jumentas; o acidente de estar na terra de Zufe quando ficou cansado da sua busca; a sugestão do servo; e acima de tudo isto, e trabalhando através de tudo isso, a vontade e a mão de Deus, empurrando este homem, sempre inconscientemente, ao longo de um caminho que ele não conhecia.”
1Sm 9:15-17

Esta ligação entre os acontecimentos comuns da vida e a mão soberana de Deus existiu apenas na história de Saul?
Não! Pv 20:24 Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir o seu próprio caminho?
Notamos neste trecho, especialmente no versículo 16, que a providência de Yahweh está a serviço de sua misericórdia. Ele está enviando Saul a Samuel porque ele “libertará o meu povo das mãos dos filisteus” Já vimos que a monarquia não foi o ideal planejado por Deus para Seu povo.
Apesar disto, Deus ouve o clamor do seu povo e utiliza a monarquia para salvar o povo.
Se olharmos o contexto dos capítulos 8-14 veremos este princípio da atuação misericordiosa de Deus, apesar das más escolhas feitas por Israel.


2 – Ungido de Yahweh – 1 Sm 10:1-9


Com o servo de Saul por perto, Samuel unge Saul. 1Sm 10:1 Então Samuel apanhou um jarro de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul e o beijou, dizendo: "O Senhor o tem ungido como líder da herança dele

Nesta etapa, Deus se ocupa em apresentar garantias a Saul de que Ele é o Escolhido para Liderar o povo:

3 sinais

1Sm 10:6,7 O Espírito do Senhor se apossará (tsaleach=prosperar, capacitar) de você, e com eles você profetizará em transe, e será um novo homem. Assim que esses sinais tiverem se cumprido, faça o que achar melhor, pois Deus está com você.

1Sm 10:10-13 Chegando em Gibeá, um grupo de profetas o encontrou; o Espírito de Deus se apossou (tsaleach=prosperar, capacitar) dele, e ele profetizou em transe no meio deles.

 Quando os que já o conheciam viram-no profetizando com os profetas, perguntaram uns aos outros: "O que aconteceu ao filho de Quis? Saul também está entre os profetas? " Um homem daquele lugar respondeu: "E quem é o pai deles? " De modo que isto se tornou um ditado: "Saul também está entre os profetas? " Depois que Saul parou de profetizar, foi para o altar no monte.

O narrador nos assegura que todos os sinais foram cumpridos durante a viagem de retorno de Saul. 1Sm 10:9 Quando se virou para afastar-se de Samuel, Deus mudou o coração de Saul, e todos esses sinais se cumpriram naquele dia.



Equipamento (10:10-13)

Ao narrar em detalhes o terceiro sinal, provavelmente o autor quis enfatizar que realmente Saul estava equipado com o poder de Yahweh para cumprir o papel que lhe foi atribuído

1Sm 10:10-13 Chegando em Gibeá, um grupo de profetas o encontrou; o Espírito de Deus se apossou dele, e ele profetizou em transe no meio deles.
Quando os que já o conheciam viram-no profetizando com os profetas, perguntaram uns aos outros: "O que aconteceu ao filho de Quis? Saul também está entre os profetas? " Um homem daquele lugar respondeu: "E quem é o pai deles? " De modo que isto se tornou um ditado: "Saul também está entre os profetas? " Depois que Saul parou de profetizar, foi para o altar no monte


- Em segredo (10:14-16)


A narrativa termina com um segredo. I Sm 10:16b Todavia, Saul não contou ao tio o que Samuel tinha dito sobre o reino. Uma das marcas fascinantes dessa seção é que dificilmente alguém sabe o que está realmente acontecendo. Samuel sabe – porque o Senhor lhe falou. Mas Quis, Saul, o servo de Saul, o povo e os demais personagens sabem bem menos do que o narrador nos conta. Yahweh está trabalhando ativamente, mas pouco veem o que Ele está fazendo. Assim também pode acontecer em nossa história. O trabalho real de Deus pode estar encoberto. Ele está trabalhando para a libertação de seu povo mas nós não vemos isto. Ele trabalha secretamente. Vemos coisas como jumentas perdidas, e talvez isto é tudo que conseguimos discernir. Yahweh frequentemente mantém seu reino debaixo de um véu subrepticiamente. E os seus verdadeiros servos encontrarão um encorajamento estimulante nisso.


3 – Rei em Mispá – 1 Sm 10:10-27



Samuel convoca o povo para uma assembleia em Mispá. Nesta assembleia, Samuel mais uma vez apresenta ao povo o contexto da decisão de ingressar na monarquia

1Sm 10:17-19 Samuel convocou o povo de Israel ao Senhor, em Mispá, e lhes disse: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Eu tirei Israel do Egito, e libertei vocês do poder do Egito e de todos os reinos que os oprimiam’. Mas vocês agora rejeitaram o Deus que os salva de todas as suas desgraças e angústias. E disseram: ‘Não! Escolhe um rei para nós’. Por isso, agora, apresentem-se perante o Senhor, de acordo com as suas tribos e clãs".

 - O povo (inclusive Saul) é relembrado que a obediência à lei de Deus é a base da identidade de Isreael. 1Sm 10:25
Samuel expôs ao povo as leis do reino. Ele as escreveu num livro e o pôs perante o Senhor.
Então Samuel mandou o povo de volta para suas casas.

Samuel já tinha apresentado a lei (mishpat) do rei (1 Sm 8:9,11). Agora, ele deixa registradas as leis (mishpat) do reino.
Estas leis devem ter sido inspiradas nas prescrições de Deuteronômio 17:14-20, aplicáveis a uma monarquia, cujo rei na realidade deveria considerar-se como um vice-rei – debaixo da autoridade de Yahweh – o verdadeiro rei de Israel. Sumissão do rei à lei de Deus poderia eliminar tirania e abuso.

Logo após os gritos de aclamação (v.24), o povo vai para casa com duas reações opostos ao rei recémanunciado.

- alguns a quem Deus tocou o coração

1Sm 10:26 Saul também foi para sua casa em Gibeá, acompanhado por guerreiros, cujos corações Deus tinha tocado

uns vadios – filhos de Belial

1Sm 10:27 Mas os filhos de Belial disseram: Como poderá este homem salvar-nos? E o desprezaram e não lhe trouxeram presentes. Porém Saul se fez de surdo.

Quem é Saul por dentro?

Guerreiro

1Sm 10:26 Saul também foi para sua casa em Gibeá, acompanhado por guerreiros, cujos corações Deus tinha tocado.

Diplomático

E o desprezaram e não lhe trouxeram presentes. Porém Saul se fez de surdo.


4 – Libertador (Salvador) de Israel – 1 Sm 11



No capítulos 10, vários israelitas resistentes desprezam Saul ao dizer “como ele nos salvará?” (10:27). Neste capítulo respiramos o ar de um novo e promissor início para o reino nascente. A estréia militar de Saul sinaliza para um excelente futuro. O tema do capítulo é SALVAÇÃO. Palavras derivadas da raiz “yasa” (salvar, libertar) ocorrem três vezes (vv. 3,9,13). O rei ungido traz salvação/libertação ao povo de Yahweh

Aqui é dada resposta aos resistentes que desprezam Saul ao dizer “como ele nos salvará?” (10:27)

 Pelo poder do Espírito de Deus (cap. 11)

- O Desafio (11:1-3)

Naás, o rei amonita, sitiou Jabes-Gidelade, uma cidade fortificada cerca de 30 quilômetros ao sul do Mar da Gailêia e 3 quilômetros ao leste do Jordão.
As condições impostas por Náas estavam condenando Jabes-Gileade à escravidão. A perda do olho direito tornaria os homens inadequados para o serviço militar

- A diferença que o Espírito do Senhor faz (11:4-13)


Quando Saul é notificado sobre o que está acontecendo, “o Espírito de Deus se apossou de Saul” – e isto fez toda a diferença no mundo.
Saul convocou todos os combatentes de Israel mediante uma forte ameaça (v.7), dividiu suas tropas, atacou o acampamento de Naás entre 2 e 6 horas da manhã. Surpreendeu os inimigos e desbaratou-os

.- Quem é Saul por fora?


Estresse máximo 1Sm 11:4,5 Quando os mensageiros chegaram a Gibeá, cidade de Saul, e relataram essas coisas ao povo, todos choraram em voz alta. Naquele momento, Saul estava trazendo o gado do campo e perguntou: "O que há com o povo? Por que estão chorando? " Então lhe contaram o que os homens de Jabes tinham dito.

 5 – Rei em Gilgal (1 Sm 14,15)


1Sm 11:14,15 Disse Samuel ao povo: Vinde, vamos a Gilgal e renovemos ali o reino.

 E todo o povo partiu para Gilgal, onde proclamaram Saul seu rei, perante o SENHOR, a cuja presença trouxeram ofertas pacíficas; e Saul muito se alegrou ali com todos os homens de Israel.

O rei, que havia sido aceito por uma parte de Israel, agora é reconhecido e aclamado por todas as tribos.
Samuel promove uma nova cerimônia, agora em Gilgal

Esta cerimônia deixa claro que qualquer idéia de um estilo secular de governo monárquico foi, assim, rejeitada, e reconheceu-se Saul como alguém liderando Israel, sob a autoridade monárquica do Senhor. A teocracia não havia, afinal, sido rejeitada, e a festa que se seguiu ao sacrifício de ofertas pacíficas foi marcada por grande alegria. “Os homens de Israel estão contentes por terem tal rei, Saul está contente por ser tal rei, e Yahweh instalou o tipo de rei que mantém as posições relativas dEle próprio e de Israel: Ele como seu Deus, e eles como “Seu povo”. Dentro desse entendimento da monarquia, os pontos de vista e interesses conflitantes podiam ser resolvidos, mas ainda era preciso esclarecer as implicações da nova situação (cap.12)

Saul não buscou ser o rei e teria preferido, pelo menos no início, ter ficado na obscuridade, mas não lhe derem qualquer opção. Foram dados inúmeros sinais, mostrando que ele era a pessoa escolhida por Deus , e as orações para livramento dos amonitas haviam sido maravilhosamente respondidas. Era rei pela unção de Deus, pela direção divina do sorteio sagrado e por exigência unânime do povo. Ele havia atraído a atenção do povo, que desejava um herói e, apesar de tudo, esperava-se que estivesse à altura. Se tivesse percebido isso, Saul poderia ter lucrado muito com a presença a seu lado de um profeta maduro como Samuel, pronto a dar orientação, instrução e, se necessário, repreensão. Acima de tudo Samuel era um intercessor que conhecia a mente do Senhor e tinha suas orações respondidas. Saul poderia ter se apoiado bastante em Samuel, e teria encontrado firmeza e tranquilidade.


O PONTO DE NÃO ENCONTRO PARTE 2


Ele tinha, quando saudável, recusado a Cristo de forma perversa, embora no leito de morte, ele tenha me chamado supersticiosamente. Muito tarde, ele suspirou pelo ministério da reconciliação, e solicitou passar por uma porta fechada, mas não foi capaz. Não havia espaço para arrependimento, porque ele havia desperdiçado as oportunidades que Deus concedeu por muito tempo a ele”

Até agora vimos que Deus:
- Chamou... Ungiu...
- Criou as oportunidades
- Disponibilizou todos os recursos
Providenciou as circunstâncias
Providenciou a Palavra (Samuel, a Lei, A Aliança)
Encheu do Espírito
Deus estava querendo construir uma nova identidade em Saul:A Identidade de Libertador e Rei
Deus queria fazer de Saul um Instrumento para execução do Plano de Salvação no período de transição para a monarquia


O caminho de subida de Saul foi a Fase em que Deus “fez Tudo”


 Agora, algo diferente vai acontecer.
Afastadas as “muletas” Saul é deixado sozinho...
É hora de saber o que existe no seu coração


 O CAMINHO DE DESCIDA DE SAUL


O caminho de descida de Saul pode ser retratado em 6 degraus:


1º Degrau: Medo


1Sm 16:14-16 O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito maligno, vindo da parte do Senhor, o atormentava.

 Os funcionários de Saul lhe disseram: "Há um espírito maligno mandado por Deus te atormentando.
Que nosso soberano mande estes seus servos procurar um homem que saiba tocar a harpa. Quando o espírito maligno se apoderar de ti, o homem tocará a harpa e tu te sentirás melhor".

1Sm 17:11 Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.
1Sm 28:5-8 Quando Saul viu o acampamento filisteu, teve medo; ficou apavorado. Ele consultou o Senhor, mas este não lhe respondeu nem por sonhos nem por Urim nem por profetas. Então Saul disse aos seus auxiliares: "Procurem uma mulher que invoca espíritos, para que eu a consulte". Eles disseram: "Existe uma em En-Dor".



2º Degrau: Inveja


1Sm 18:5-8 Tudo que Saul lhe ordenava fazer, Davi fazia com tanta habilidade que Saul lhe deu um posto elevado no exército. Isto agradou a todo o povo, bem como aos conselheiros de Saul.

Quando os soldados voltavam para casa, depois de Davi ter matado o filisteu, as mulheres saíram de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul com cânticos e danças, com tamborins, com músicas alegres e instrumentos de três cordas.

Enquanto dançavam, as mulheres cantavam: "Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares"

 Saul ficou muito irritado, com esse refrão e, aborrecido disse: "Atribuíram a Davi dezenas de milhares, mas a mim apenas milhares. O que mais lhe falta senão o reino? " .



3º Degrau: Homicídio


1Sm 18:10-12 No dia seguinte, um espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul e ele entrou em transe profético em sua casa, enquanto Davi tocava harpa, como costumava fazer. Saul estava com uma lança na mão e a atirou, dizendo: "Encravarei Davi na parede". Mas Davi desviou-se duas vezes. Saul tinha medo de Davi porque o Senhor o havia abandonado e agora estava com Davi.


4º Degrau: Falso Juramento


1Sm 19:1 Saul falou a seu filho Jônatas e a todos os seus conselheiros sobre a sua intenção de matar Davi. Jônatas, porém, gostava muito de Davi

 1Sm 19:6 Saul atendeu a Jônatas e fez este juramento: "Juro pelo nome do Senhor que Davi não será morto".

1Sm 19:8-10 E houve guerra outra vez, e Davi foi lutar com os filisteus. Ele lhes impôs uma grande derrota e eles fugiram dele.

 Mas um espírito maligno mandado pelo Senhor apoderou-se de Saul quando ele estava sentado em sua casa, com sua lança na mão. Enquanto Davi estava tocando harpa, Saul tentou encravá-lo na parede com sua lança, mas Davi desviou-se e a lança encravou na parede. E Davi conseguiu escapar. Naquela mesma noite,


5º Degrau: Sacrilégio


1Sm 22:11-15 Então o rei mandou chamar o sacerdote Aimeleque, filho de Aitube, e toda a família de seu pai, que eram os sacerdotes em Nobe, e todos foram falar com o rei.

 E Saul disse: "Ouça agora, filho de Aitube". Ele respondeu: "Sim, meu senhor".
Saul lhe disse: "Por que vocês conspiraram contra mim, você e o filho de Jessé? Porque você lhe deu comida e espada, e consultou a Deus em favor dele, para que se rebelasse contra mim e me armasse cilada, como ele está fazendo? "

1Sm 22:16-19 O rei, porém, disse: "Com certeza você será morto, Aimeleque, você e toda a família de seu pai"

Então o rei ordenou aos guardas que estavam ao seu lado: "Matem os sacerdotes do Senhor, pois eles também apóiam Davi. Sabiam que ele estava fugindo, mas nada me informaram". Contudo, os oficiais do rei recusaram erguer as mãos para matar os sacerdotes do Senhor. Então o rei ordenou a Doegue: "Mate os sacerdotes", e ele os matou. E naquele dia, matou oitenta e cinco homens que vestiam túnica de linho.

 Além disso, Saul mandou matar os habitantes de Nobe, a cidade dos sacerdotes: homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, bois, jumentos e ovelhas.

6º Degrau: Necromancia


1Sm 28:5-8 Quando Saul viu o acampamento filisteu, teve medo; ficou apavorado. Ele consultou o Senhor, mas este não lhe respondeu nem por sonhos nem por Urim nem por profetas.

Então Saul disse aos seus auxiliares: "Procurem uma mulher que invoca espíritos, para que eu a consulte". Eles disseram: "Existe uma em En-Dor".

Saul então se disfarçou, vestindo outras roupas, e foi à noite, com dois homens, até a casa da mulher. Ele disse a ela: "Invoque um espírito para mim, fazendo subir aquele cujo nome eu disser"


7º Degrau: Suicídio


1 Sm 31:2-4 Os filisteus perseguiram Saul e seus filhos, e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul.

 O combate foi se tornando cada vez mais violento em torno de Saul, até que os flecheiros o alcançaram e o feriram gravemente.

Então Saul ordenou ao seu escudeiro: "Tire sua espada e mate-me com ela, senão sofrerei a vergonha de cair nas mãos desses incircuncisos". Mas seu escudeiro estava apavorado e não quis fazê-lo. Saul, então, pegou a própria espada e jogou-se sobre ela



 EM QUE PONTO SAUL DE AFASTOU DO CORAÇÃO DE DEUS?



A cosmovisão bíblica nos permite enxergar que estamos continuamente diante de escolhas sobre em qual território iremos trafegar:

- O território da vida – governado pelo BEM (em hebraico: TOV)

- O território da morte – governado pelo MAL (em hebraico: Há-rá)

A entrada de Saul no reino do HÁ-RÀ (para nunca mais achar o ponto de retorno) é narrada nos capítulos 13 e 15 de 1 Samuel.

Vamos acompanhar esta trajetória no reino do MAL observando principalmente o que acontece no lmundo interior de Saul, já que...

O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". 1 Sm 16:7

Em cada uma das situações descritas nestes capítulos Saul é colocado diante de um forte estresse. Isto serve para trazer à tona o que existia em seu coração. E o que aparece é um “coração dividido”

O coração dividido tem sido um tema fundamental no ensino judaico-cristão sobre a busca de uma vida alinhada com Deus. Observe os textos abaixo que abordam a importância de um coração simples para os primeiros cristãos:

O coração é um núcleo de motivações, reflexões e objetivos imaginários; idealmente deve ser simples e unívoco, quer dizer, transparente às exigências de Deus e do próximo.

O coração, como facilmente se percebe, o mais das vezes é duplo: as pessoas de coração duplo se apartam de Deus e do próximo retirando-se para essas zonas pérfidas da intimidade negativa que as subtraem a suas exigências. (...)Protegido do olhar dos homens pela “intimidade negativa” , o coração parece ser completamente público ao olhar de Deus e seus anjos.

Quando alguém comete uma transgressão em segredo, é como se rechaçasse a Presença divina

Os sentimentos e motivações mais recônditos, os motivos de ação que permanecem impenetráveis para o grupo, os “pensamentos do coração” são examinados com uma atenção particular como fonte possível de tensões que só podem provocar fendas na solidariedade ideal da comunidade religiosa.

O coração torna-se o objeto de exames melancólicos e minuciosos. Como engenheiros que, diante da massa incerta de um edifício, se concentram nas menores fendas, observam com atenção as estruturas cristalinas ainda não examinadas dos metais que a sustentam, assim os escritores judeus antigos perscrutam com constante atenção o coração humano.

 1º teste de SAUL – 1 Samuel 13

(a) Por fora: Circunstâncias altamente estressantes 1 Sm 13:5-7

A reação de Saul:

1Sm 13:8,9 Ele esperou sete dias, o prazo estabelecido por Samuel; mas este não chegou a Gilgal, e os soldados de Saul começaram a se dispersar.

 Então ele ordenou: "Tragam-me o holocausto e os sacrifícios de comunhão". Saul ofereceu então o holocausto,

Saul sabe que logo deverá tomar alguma providência a fim de que o exército inteiro não deserte , e está bastante ansioso enquanto espera com impaciência que Samuel venha oferecer os sacrifícios que antecediam a batalha e demonstram a dependência que Israel tinha do Senhor

Era um teste

(b) Por dentro (o que se passou no mundo interior de Saul?):


1.  Quando vi que os soldados estavam se dispersando e que você não tinha chegado no prazo estabelecido (no hebraico, há ênfase em “você”). 1 Sm 13:11

Síndrome de Adão e Eva – transferência de responsabilidade

2. Pensei

1Sm 13:12 pensei: ‘Agora, os filisteus me atacarão em Gilgal, e eu não busquei o Senhor’. Por isso senti-me obrigado a oferecer o holocausto"

Pela ótica da Aliança, Saul estava correto em seus pensamentos?


“os filisteus me atacarão em Gilgal” é muito duvidoso que os filisteus teriam atacado em Gilgal (13:12)., perto do Jordão. Saul tinha convocado Israel para reunir-se me Gilgal, conforme instruções de Samuel (10:8). Mas Gilgal também estava isolada. Portanto, Israel poderia esperar ali sem o medo injustificado do ataque filisteu

eu não busquei ao Senhor”
Eu não busquei ao Senhor (eu não fiz as súplicas devidas pelo ritual ao Senhor)

“por isso me senti obrigado a oferecer holocaustos”

Saul completa seu processo de tentar transferir responsabilidade

O ponto principal é que Saul deveria esperar pela chegada de Samuel para receber as instruções sobre o que deveria ser feito. O profeta de Deus daria a direção de Yahweh para a guerra contra os filisteus. Samuel era o porta-voz de Deus e a tarefa de Saul era esperar pelas instruções. Mas ele não esperou. Para Saul o ritual de sacrifício era essencial (12b) mas a direção profética era dispensável. Foi um ato de insubordinação de Saul, uma falha em submeter-se à palavra de Yahweh. Através desta ação Saul confessou que certas emergências tornavam a palavra de Deus desnecessária

(c ) A Palavra de Deus através de Samuel

Disse Samuel: "Você agiu como tolo, desobedecendo ao mandamento que o Senhor seu Deus lhe deu; se você tivesse obedecido, ele teria estabelecido para sempre o seu reinado sobre Israel.

Mas agora seu reinado não permanecerá; o Senhor procurou um homem segundo o seu coração e o designou líder de seu povo, pois você não obedeceu ao mandamento do Senhor". 1 Sm 13:13,14

Veredito: A dinastia de Saul não permanecerá. Temos neste trecho a primeira menção (indireta) a Davi (um homem segundo o coração de Deus)



2º teste de SAUL – cap. 15 – O passo decisivo da rejeição


(a) Por fora:

Uma ordem clara: 1Sm 15:2-3 Assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Castigarei os amalequitas pelo que fizeram a Israel, atacando-os quando saíam do Egito. Agora vão, ataquem os amalequitas e consagrem ao SENHOR para destruição tudo o que lhes pertence. Não os poupem; matem homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, bois, ovelhas, camelos e jumentos’ "

Os melhores esforços de Saul:

 1Sm 15:4,5,7,8 Então convocou Saul os homens e os reuniu em Telaim: duzentos mil soldados de infantaria e dez mil homens de Judá.
Saul foi à cidade de Amaleque e armou uma emboscada no vale.
E Saul atacou os amalequitas por todo caminho desde Havilá até Sur, a leste do Egito. Capturou vivo Agague, rei dos amalequitas, e exterminou o seu povo.

Obediência parcial:

1Sm 15:9 Mas Saul e o exército pouparam Agague e o melhor das ovelhas e dos bois, os bezerros gordos e os cordeiros. Pouparam tudo que era bom, mas a tudo que era desprezível e inútil destruíram por completo.

A reação do Senhor:

1Sm 15:10-11 Então o Senhor falou a Samuel: "Arrependo-me de ter constituído a Saul rei, pois ele me abandonou e não seguiu as minhas instruções".

Samuel ficou irado e clamou ao Senhor toda aquela noite.


(b)Por dentro


Mapeia a estrutura do ser humano de reação aos estímulos externos:


EXPECTATIVA
MANIPULAÇÃO
MECANISMO DE DEFESA
SENSO DE IMPUNIDADE

(1) Senso de impunidade (Auto-engano)

1 Sm 15:13 Saul disse: "O Senhor o abençoe! Segui as instruções do Senhor".
1Sm 15:15 Respondeu Saul: "Os soldados os trouxeram dos amalequitas; eles pouparam o melhor das ovelhas e dos bois para o sacrificarem ao Senhor seu Deus, mas destruímos totalmente o restante"

Como Deus enxerga? 1Sm 15:17-19 E Samuel disse: "Embora pequeno aos seus próprios olhos, você não se tornou o líder das tribos de Israel?
O Senhor o ungiu como rei sobre Israel e o enviou numa missão, ordenando: ‘Vá e destrua completamente aquele povo ímpio, os amalequitas; guerreie contra eles, até que os tenha eliminado’. Por que você não obedeceu ao Senhor? Por que se lançou sobre os despojos e fez o que o Senhor reprova? "


(2) Mecanismos de defesa


Exemplos de mecanismos de defesa mapeados pela Psicologia:

1.Racionalização "A Criação de falsas , mas plausíveis, desculpas para justificar comportamentos inaceitáveis.“

2. Identificação Reforço de auto-estima de uma pessoa ou grupo, através da formação de uma aliança real ou imaginária com alguma pessoa ou grupo ,

3. Deslocamento Deslocamento é definida como "Desviar sentimentos emocionais (geralmente raiva) de sua fonte original, para substituir um alvo."


Saul pratica o mecanismo de racionalização:

1Sm 15:20-21 Disse Saul: "Mas eu obedeci ao Senhor! Cumpri a missão que o Senhor me designou. Trouxe Agague, o rei dos amalequitas, mas exterminei os amalequitas. Os soldados tomaram ovelhas e bois do despojo, o melhor do que estava consagrado a Deus para destruição, a fim de os sacrificarem ao Senhor seu Deus, em Gilgal".

Como Deus enxerga? 1Sm 15:22-23 Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei".

Samuel assume qual o pecado que deve ser corretamente identificado: não ouvir a voz de Yahweh. Não é questão de uma simples falha ou mal entendido, mas rebelião e arrogância, comparável à idolatria pagã.


(3) Reconhecendo o pecado – A etapa de manipulação é desmascarada.


Manipulações de Saul:
Cap.13- ameaçado por filisteus em Gilgal – ofereceu holocausto
Cap.14 – Filisteus em Gibeá – voto impensado
Cap.15 – contra amalequitas – não destruiu todos os despojos


1Sm 15:24,25 "Pequei", disse Saul. "Violei a ordem do Senhor e as instruções que você me deu. Tive medo dos soldados e lhes atendi.

Houve arrependimento?

Como Deus enxerga?

1Sm 15:26-29 Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel. Virando-se Samuel para se ir, Saul o segurou pela orla do manto, e este se rasgou.

 Então, Samuel lhe disse: O SENHOR rasgou, hoje, de ti o reino de Israel e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu. Também a Glória de Israel não mente, nem se arrepende, porquanto não é homem, para que se arrependa.

Aqui podemos ver que :
A Ordem Divina ]
O Poder Divino
O Propósito Divino


Trazem à tona do que há no coração do homem.
Se dermos lugar ao MEDO...
Nossa reação será: NÃO ESPERAREMOS
Quando não esperamos, trocamos a voz de Deus pela obediência a nós mesmos e admitimos diversas formas de manipulação.

Calvino afirmou: “A fonte mais certa de destruição do homem é obedecer a si mesmo”

Saul apela mais uma vez

1Sm 15:30-32 Saul repetiu: "Pequei. Agora, honra-me perante as autoridades do meu povo e perante Israel; volte comigo, para que eu possa adorar o Senhor seu Deus".

Podemos notar aqui que o principal interesse de Saul é reter a estima do povo. Sua confissão “Pequei” soa mais como uma boa política que manda evitar que apareça a discórdia com Samuel. É vital manter as aparências. O que indica que, para Saul, o suporte do homem é mais importante do que a reconciliação com Deus (ver Jo 14:23). A reputação é mais importante – esta é uma marca de uma arrependimento superficial.

O pecado de Saul acabou com seu futuro como rei não porque ele não podia ser perdoado, mas porque ele não percebia que precisava desesperadamente de perdão

 “Sem percebermos nossa completa ruína e sem revermos e redirecionarmos genuinamente nossa vida (...) não é possível encontrar nenhum caminho puro para transformação interior. É psicológica e espiritualmente impossível”













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