sexta-feira, 29 de março de 2019

A aliança da Graça

                                                       A ALIANÇA DA GRAÇA


Vários pontos surgem para serem considerados,entre estas: 

-a distinção entre a aliança das obras,

-contratantes,conteúdo,

-características e 

-o lugar de Cristo na aliança


1.COMPARAÇÃO DAS ALIANÇAS

.O autor é o mesmo:Deus

. As partes contratantes são as mesmas:o homem

. Forma externa : condição e promessa

. Conteúdo da promessa:vida eterna

, Objetivo: Glória de Deus

2. PONTOS DE DIFERENÇA

.Nas obras Deus é o Criador e Senhor ,na aliança Deus é o Redentor e Pai

. O estabelecimento das obras foi Bondade e Amor,da Graça misericórdia e Graça Especial

. Nas Obras o homem é apenas criatura diante do seu Deus,na Graça o homem é pecador que perverteu os caminhos só comparecendo em Cristo como Fiador.

. Nas Obras não há mediador,na Graça há.

. Nas Obras exigia-se obediência,nas obras repousa na obediência de Cristo

. Nas Obras a guarda da lei é o caminho de vida,na Graça a Fé em Jesus,não sendo o fim mas apenas o instrumento.

. Nas obras a lei era conhecida naturalmente,na Graça é revelação especial.

3. AS PARTES CONTRATANTES 

. Em ambas Deus é a primeira parte contratante e quem toma a iniciativa e determina a relação que a outra manterá com Ele ( homem decaído ),isso até Abraão,ficou claro posteriormente que não seria com todos os homens .Com Abraão era ele e sua semente.Surge os limites dessa aliança,tendo um debate se são os descendentes naturais ou espirituais,sendo em sua grande maioria a favor que essa relação é com os eleitos (Teologia Federal ):

1. Os que identificam a aliança da redenção e a aliança da graça e consideram antibíblico distinguir entre ambas, naturalmente entendem que a aliança primeiramente foi estabelecida com Cristo como o Chefe representante dos que o pai Lhe seu: aliança na qual Ele se fez Fiador dos eleitos e, assim, garantiu a sua redenção completa. De fato, na aliança da redenção, somente os eleitos entram em consideração.

2.O estabelecimento da aliança com Abraão, interpretada à luz do restante da escritura, os teólogos reformados (calvinistas) encontraram farta prova de que, fundamentalmente, a aliança da graça é uma aliança estabelecida com aqueles que estão em Cristo. A Bíblia distingue uma dupla semente de Abraão. O princípio disto acha-se definidamente em Gn 21.12, onde vemos Deus dizendo a Abraão: “Em Isaque será chamada a tua semente” . Interpretando estas palavras, Paulo fala de Isaque como o filho da promessa e, com a expressão “filho da promessa”, ele não se refere simplesmente a um filho prometido, mas, sim, a um filho que não nasceu pelo processo comum, e, sim, em virtude de uma promessa, nasceu graças a uma operação sobrenatural de Deus.

3. Ainda outro fator deve ser levado em consideração. Os teólogos reformados (calvinistas) estavam profundamente cientes do contraste entre a aliança das obras e a aliança da graça. Sabiam que na primeira a recompensa da aliança dependia da incerta obediência do homem e, como resultado, não pôde concretizar-se, ao passo que na aliança da graça a plena realização das promessas é absolutamente segura e certa, em virtude da perfeita obediência de Jesus Cristo. Sua realização é segura, devido à operação da graça de Deus, mas, naturalmente, é segura somente para os que são participantes dessa graça. Eles se sentiram constrangidos a salientar este aspecto da aliança especialmente contra os arminianos e os neonômios, que virtualmente a transformaram numa nova aliança das obras e mais uma vez tornaram a salvação dependente da obra do homem, isto é, da fé e da obediência. 

                                                                       CONCLUSÃO


É seguro dizer que a teologia reformada (calvinista) viu a aliança, não primariamente como um meio para atender a um fim, mas como um fim em si própria, uma relação de amizade; não primeiramente como representando e incluindo certo número de privilégios externos, uma série de promessas, condicionalmente estendidas ao homem, um bem meramente oferecido a ele; mas primeiramente como expressão de bênçãos dadas gratuitamente, de privilégios utilizados pela graça de Deus para fins espirituais, de promessas aceitas por uma fé que é dom de Deus, e de um bem efetuado, pelo menos em princípio, mediante a operação do Espírito Santo no coração.

 E porque em sua opinião tudo isso estava incluído na idéia da aliança, e as bênçãos da aliança só se realizam naqueles que efetivamente estão salvos, essa teologia acentuava o fato de que a aliança da graça foi estabelecida entre Deus e os eleitos. Mas, ao faze-lo, não tencionavam negar que a aliança tem também um aspecto mais amplo.

A idéia de que a aliança só é realizada plenamente nos leitos é uma idéia perfeitamente bíblica, como se vê, por exemplo, em Jr 31. 31-34; Hb 8.8-12. Além disso, ela está em plena harmonia com a relação da aliança da graça com a aliança da redenção. Se nesta Cristo é Fiador somente para os eleitos, então a substância real da primeira se limita necessariamente a eles também. 

A escritura salienta vigorosamente o fato de que a aliança da graça, em distinção da aliança das obras, é uma aliança inviolável, na qual as promessas de Deus sempre são cumpridas, Is 54.10. isto não pode ser planejado condicionalmente pois, neste caso, não seria uma característica especial da aliança da graça, mas se aplicaria à aliança das obras também. Todavia, precisamente este é um dos pontos mais importantes em que aquela difere desta, que não depende da incerta obediência do homem, mas unicamente da absoluta fidelidade de Deus. As promessas da aliança serão cumpridas com certeza, mas – somente nas vidas dos eleitos

Todos os não eleitos estão fora da aliança da graça em todos os sentidos da palavra?

Deve-se ter em mente, porém, que esta descrição da segunda parte da aliança não implica que a aliança é estabelecida com os homens na qualidade de crentes, pois a própria fé é fruto da aliança .

Pode-se definir a aliança da graça como o acordo feito, com base na graça, entre o Deus ofendido e o pecador ofensor, porém eleito, no qual Deus promete a salvação mediante a fé em Cristo, e o pecador a aceita confiantemente, prometendo uma vida de fé e obediência.