terça-feira, 31 de outubro de 2017

APOSTOLICIDADE

                                    APOSTOLICIDADE



Desde que o apóstolo significa literalmente enviado, não é de surpreender que o Novo Testamento refira-se ocasionalmente a outros apóstolos (Romanos 16.7). 

Neste sentido geral, todos os que são hoje enviados pelo Senhor como evangelistas, pregadores, iniciadores de igrejas, etc. são no grego do Novo Testamento, apostoloi, enviados.

Isto não subentende de forma alguma que eles tenham uma posição de autoridade especial, competindo com a do grupo original cujo governo continua através das escrituras apostólicas.

Reivindicar o título apostólico em nossos dias é compreender erradamente o ensino bíblico e oferece na prática um desafio grave com respeito à autoridade e finalidade da revelação divina do Novo Testamento.

A sucessão apostólica é na verdade a sucessão do evangelho apostólico, quando o depósito original de verdade apostólica é passado de uma para outra geração: "homens fiéis ... para instruir a outros" (2 Timóteo 2.2). A igreja é apostólica à medida que reconhece na prática a autoridade suprema das escrituras apostólicas.


“CHAMADO PARA SER APÓSTOLO”.


Temos de entender bem estas duas palavras. Isso por causa do contexto em que vivemos hoje. Há muita confusão na Igreja de hoje.

Por que diz que foi “chamado” para ser apóstolo? Porque Paulo se preocupa logo no início desta Epístola em dizer que foi chamado para ser apóstolo? Bem, muitas pessoas naquela época estavam questionando Paulo como apóstolo, eram seus opositores e assim Paulo era difamado. Era considerado um falso apóstolo. Estava apenas representando. Diziam que ele nunca havia estado com Jesus. Mas Paulo diz claramente e com vigor que era tão apóstolo como os doze.

O que é um apóstolo? É um ofício muito especial e peculiar. Uma prova disto é que Jesus chamou os 12 discípulos (Mt 10) e “...deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda enfermidade e todo mal”. No v.1, Mateus os chama de discípulos e no versículo 2 muda para apóstolos. Por que isso? Porque nem todo discípulo era apóstolo. Só alguns discípulos tornaram-se apóstolos.
Lucas 6:12-13. “...chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos”. Somente doze dos discípulos foram nomeados e escolhidos.(“apóstolo” é alguém escolhido e enviado a uma missão especial como representante autorizado de quem o envia.)



SINAIS DE UM APÓSTOLO

1. Teria que ser testemunha do Senhor

Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo conversando sobre quem substituiria a Judas Escariotes. No cap. 1:21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós , começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”.

2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial para exercer este ofício,chamado direto e pessoal do Senhor Jesus.

3. Era alguém a quem foi dada autoridade e comissão de operar milagres.

4. Os apóstolos tinham poder para dar e comunicar dons espirituais a outros; podiam transmitir o Espírito Santo pela imposição das mãos (Atos 8:17). Isso significava sinal de autoridade da sua comissão.

5. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.

6. Tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias ( ensino e doutrina. Falavam com autoridade do próprio Jesus: “...mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”(Jo 14:26).

7. A verdade lhe foi ensinada pessoalmente pelo Senhor.É uma credencial apostólica.Esta foi uma grande questão no século XVII e trouxe até divisão. Os bispos se diziam e ainda se dizem sucessores diretos dos apóstolos, mas “apóstolo’ é só aquele que viu e deu testemunho. A base para este pensamento não é bíblica e sim fruto da tradição. Isso é impossível.
O ensino apostólico era autoritativo. Os apóstolos falavam como homens enviados por Deus de maneira tão inspirada como os profetas do Velho Testamento.
Ser apóstolo como um ofício( título) especial que não se repete, percebemos o quanto é grave negligenciar a doutrina e caímos nos argumentos falsos dos falsos mestres.



Os apóstolos, no sentido técnico na Bíblia, são os onze discípulos (Judas sendo um apóstata), Matias (Atos 1).
Essas qualificações excluem qualquer e toda alegação de ser um apóstolo desde a morte do amado João até o retorno triunfante de Cristo no final do mundo – contrário às alegações de Roma que o papa é o sucessor do apóstolo Pedro e as pretensões dos “apóstolos” da Igreja Católica Apostólica de Edward Irving (1792-1834), os mórmons e muitos pentecostais.
Os ofícios de apóstolo, profeta e evangelista, como o ofício de pastor/mestre, são ofícios de ensino (Ef. 4:11). Essa é a idéia chave no contexto (vv. 11- 16). Isso explica também o porquê os ofícios especiais de presbítero e diácono não são mencionados aqui, pois a idéia chave desses ofícios é governar e administrar as misericórdias de Cristo, respectivamente, e não o ensino (como tal).


                                         A Bíblia diz que não existiram apenas 12 apóstolos


Os Doze Apóstolos que Jesus escolheu eram: Simão Pedro e André; Tiago, filho de Zebedeu e João; Filipe e Bartolomeu (Natanael); Tomé (Dídimo) e Mateus (Levi); Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu (Judas Tadeu); Simão, o zelote e Matias. Estes são os Doze Apóstolos do Cordeiro. (Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:14-16)

Matias, tinha estado com Jesus desde o início, eram um dos discípulos mais próximos, e assim foi escolhido no lugar do traidor, Judas Iscariotes (At 1.21-26). Apesar de ter sido escolhido de uma forma que não vemos mais nas Escrituras, Matias é o 12º Apóstolo. Dele é o nome nas portas da Nova Jerusalém. Muitas pessoas, no afã de vencer os argumentos restauracionistas e defender o cessacionismo do apostolado, dizem que ele não era o escolhido. Que Jesus não o chamara, que os apóstolos se apressaram, e não esperaram pelo apóstolo certo. Para essas pessoas, que ignoram completamente o que está escrito, Paulo deveria ser o 12º Apóstolo, dada seu chamado sobrenatural e sua relevância. Entretanto, isso é um argumento claramente antibíblico: "assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos"

Apóstolo dos GentiosSaulo de Tarso. Chamado por Deus, separado para as nações (At 9.15). Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Colossenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, e Tito, todos começam com Paulo anunciando a si mesmo como um apóstolo de Jesus.
"O abortivo" ou "nascido fora do tempo" (1 Co 15.8). Essa passagem é difícil, havendo várias interpretações. Mas, o fato é que Paulo considerava-se indigno de ser um apóstolo, pelo tempo que passara perseguindo a Igreja e a Cristo antes de Damasco. Por Sua graça, Deus agiu nele, e por isso, se sentia o "menor dos apóstolos". Ele não estava com Jesus desde o princípio (como Matias e Barsabás.

Alguns lembram que a autoridade de Paulo parecia ser constantemente contestada, afirmando que era difícil ser apóstolo fora os Doze (2 Co 11, 12). E Paulo teve que ficar lembrando porque ele era um apóstolo, de verdade.
Paulo precisa reafirmar seu próprio ministério. Isso parece incompreensível para nós hoje, mas não era na época. De igual modo, se só existiam 13 apóstolos, porque os efésios em Revelação [Ap] 2 foram elogiados por provar e expor os impostores? Não era mais fácil a Igreja de Éfeso só dizer que apóstolos não existiam mais [além de João], em vez de prová-los? Inúmeros cessacionistas usam o argumento dos "eminentes apóstolos" para dizer que o apostolado era um círculo fechado. Entretanto, além de suas suposições, não há provas.

Tiago o Justo, irmão de Jesus. Ele foi o primeiro bispo (líder) da Comunidade Cristã de Jerusalém. Paulo o reconhece como Apóstolo em Gl 1.19. No capítulo 2 (v. 9) de Gálatas, Tiago é citado com Pedro e João como coluna, os principais líderes da Igreja. O livro de Atos relata a autoridade de Tiago, sendo inclusive quem presidiu o Concílio da Igreja em Jerusalém em Atos 15 (e não Pedro). Deduzimos por I Coríntios 9.5 que ele pode ter sido casado. Ele não creu no Senhor durante Seu ministério terreno, mas veio a crer após lhe aparecer ressurreto (Jo 7.5; I Co 15.7)

Barnabé era o companheiro de Paulo. Eles serviram em Antioquia da Síria como profetas e/ou mestres quando foram separados para a obra que o Senhor queria. Em Listra, quando foram chamados de Júpiter e Mercúrio (At 14.14), os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram suas vestes. No v.4 também é chamado de apóstolo. Em I Coríntios 9, Paulo faz uma defesa dos dois dizendo que como os demais apóstolos também eram dignos de receberem apoio financeiro das igrejas, mesmo que não cobrassem seus direitos apostólicos.
Barnabé, na verdade José (At 4.36), era levita, de Chipre, e levou Paulo aos apóstolos (At 9.27) e de Tarso à Antioquia (At 11.25). Foi o primeiro líder enviado de Jerusalém para Antioquia (At 11.22). Quando os dois se separaram, Barnabé continuou em sua missão apostólica (At 15.39).
Sempre que alguém me diz que Paulo era o último apóstolo, por ser chamado depois, eu pergunto por Barnabé. Barnabé foi escolhido e comissionado apóstolo primeiro que Paulo então, para Paulo ser o último?
Como resposta, muitos hoje até contestam o apostolado de Barnabé. Rejeitam a Barnabé, ou negando que fosse um apóstolo de verdade (Lucas e Paulo só o incluíram nos "apóstolos" por respeito) ou que era um apóstolo de menor importância, não sendo um de verdade, como Paulo. Entretanto, isso é uma desculpa, uma escapada estapafúrdia, para provar seu cessacionismo apostólico. Paulo e Barnabé eram apóstolos, iguais e com funções diferentes.

Andrônico e Júnia, o caso mais especial de apóstolos. Romanos 16.7. Uma apóstola! Alguns acham que os apóstolos os tinham em distinção; eram notáveis aos olhos dos apóstolos. Outros, como eu, acreditam que eles eram realmente notáveis entre os apóstolos; apóstolos notáveis. Normalmente, muitos não aceitam que Júnia era mulher, mas um homem, Júnias, mesmo que esse nome masculino não seja conhecido na Antiguidade, e São João Crisóstomo a reconhece tanto como mulher, quanto como apóstola

Apolo, judeu de Alexandria, ministrou tanto em Éfeso como em Corinto. Após discutir sobre as divisões na Igreja de Corinto, Paulo fala sobre “nós apóstolos” em 1 Co 4.9, incluindo ele, Apolo e Cefas. Alguns podem achar que ele estava se referindo aos Doze e ele, mas se vermos o contexto, em que a Igreja se dividia entre Pedro, um dos Doze, Paulo, “Cristo”, e Apolo, não faz sentido que eles achassem que Apolo tinha autoridade menor que os outros dois grandes apóstolos. Veja também 4.6, 3.22, 3.4-6. Talvez até Sóstenes, co-autor da carta, esteja incluído no "nós apóstolos".

I Tessalonicenses começa dizendo que Paulo, Paulo, Silas e Timóteo a escreveram. O versículo 2.7 chama os três de apóstolos. Silas, profeta (At15.32), e Timóteo, ainda um jovem, eram companheiros de Paulo em suas viagens, servindo em sua equipe apostólica.

Exatamente, não dá para saber quantos apóstolos o Novo Testamento relaciona. Além dos já citados, se usarmos os termos mensageiros e enviado, que são da mesma raiz de apóstolo em grego, poderíamos falar de Epafrodito (Fp 2.25-30), Tito (II Co 8:23), Tíquico (II Tm 4.12), Judas Barsabás (At 15.22), Erasto (At 19.22) e os apóstolos sem nome (II Co 8.18-23).




Além disso, os Setenta, que igualmente receberam uma comissão do Apóstolo do Pai nos Evangelhos, também são apóstolos.
Eusébio de Cesareia, que viveu entre 270 e 339/340 d.C., em sua História Eclesiástica (Livro I, XII), diz que Matias e Barsabás (At 1.23) eram dos Setenta. Conta que dizem que o Sóstenes que escreveu I Coríntios com Paulo era um deles. Fala até de uma tradição sobre o Cefas que Paulo enfrentou (Gl 2.11) ser um dos Setenta e não o dos Doze.

Sobre apóstolos, Eusébio escreve:
Mas observando bem, encontraremos que os discípulos do Salvador eram muito mais do que os setenta, aceitando o testemunho de Paulo, que diz que depois de sua ressurreição dentre os mortos apareceu primeiro a Cefas, depois aos doze, e depois destes a mais de quinhentos irmãos juntos, sobre os quais afirmava que alguns já tinham morrido, mas que a maior parte ainda vivia no tempo em que ele escrevia estas coisas.
Depois diz que apareceu a Tiago. Pois bem, este era também um dos mencionados irmãos do Salvador. Portanto, de qualquer forma, os apóstolos à imagem dos doze eram muitos mais - o próprio Paulo o era -, prossegue dizendo: depois apareceu a todos os apóstolos.
 Normalmente se diz que, após João, a Igreja já deixou de reconhecer apóstolos e profetas. Nos séculos seguintes, o presbítero/ancião/bispo das igrejas, explícito no Novo Testamento, dará lugar ao episcopado e a sucessão apostólica da Igreja Católica (os bispos, em comunhão com o papa de Roma, são os legítimos sucessores dos apóstolos).

Mas, antes disso, a Didaqué, texto apócrifo do século II que era atribuído aos Doze Apóstolos, e respeitado como canônico em vários lugares, no seu capítulo XI, diz sobre apóstolos e profetas:

3 Já quanto aos apóstolos e profetas, faça conforme o princípio do Evangelho. 4 Todo apóstolo que vem até você deve ser recebido como o próprio Senhor. 5 Ele não deve ficar mais que um dia ou, se necessário, mais outro. Se ficar três dias é um falso profeta. 6 Ao partir, o apóstolo não deve levar nada, a não ser o pão necessário para chegar ao lugar onde deve parar. Se pedir dinheiro é um falso profeta. 7 Não ponha à prova nem julgue um profeta que fala tudo sob inspiração, pois todo pecado será perdoado, mas esse não será perdoado. 8 Nem todo aquele que fala inspirado é profeta, a não ser que viva como o Senhor. É desse modo que você reconhece o falso e o verdadeiro profeta. 9 Todo profeta que, sob inspiração, manda preparar a mesa não deve comer dela. Caso contrário, é um falso profeta. 10 Todo profeta que ensina a verdade, mas não pratica o que ensina, é um falso profeta. 11 Todo profeta comprovado e verdadeiro, que age pelo mistério terreno da Igreja, mas que não ensina a fazer como ele faz, não deverá ser julgado por você; ele será julgado por Deus. Assim fizeram também os antigos profetas. 12 Se alguém disser sob inspiração: "Dê-me dinheiro" ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.

No capítulo XIII:
1 Todo verdadeiro profeta que queira estabelecer-se em seu meio é digno do alimento. [...] 3 Assim, tome os primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes. 4 Porém, se você não tiver profetas, dê aos pobres. [...] 6 Da mesma maneira, ao abrir um recipiente de vinho ou óleo, tome a primeira parte e a dê aos profetas.

O capítulo XV menciona a escolha dos líderes: 
1 Escolha bispos e diáconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, verazes e provados, pois também exercem para vocês o ministério dos profetas e dos mestres. 2 Não os despreze porque eles têm a mesma dignidade que os profetas e os mestres.

Muitas pessoas acham que ensinar a atualidade do ofício apostólico é tentar usurpar a autoridade e lugar dos primeiros, que viveram com Jesus. 
Entretanto, todos entendemos que os Doze Apóstolos chamados por Jesus são os que têm os seus nomes nos fundamentos da Nova Jerusalém (Ap 21.14). Eles são restritos. Eram apenas eles. Eles andaram, conviveram, falaram com Jesus. Tanto o terreno como o ressuscitado. Eles testemunharam a vida, a morte, a ressurreição, e a ascensão do Cordeiro. A autoridade apostólica deles não pode ser tomada por nenhum dos apóstolos modernos. Os Doze Apóstolos do Cordeiro são os que se assentarão em doze tronos na regeneração para julgar os 12 tribos de Israel (Mt 19.28)

Normalmente se clama por Atos 1.21-22, na escolha de Matias, para dizer quais os requisitos de um apóstolo. Mas, o julgamento não deixa entender o óbvio: eram os requisitos para ser um dos Doze! 
Sendo assim , Paulo não podia ser apóstolo, pois teve uma visão de Cristo muito depois do Pentecostes.
Entretanto, ninguém foi chamado como Paulo, o abortivo, que apesar de não ser um dos Doze, também recebeu autoridade para escrever o cânon (enquanto a maioria dos Doze, não). Também nem Tiago, se ele também não acreditava em Jesus até vê-Lo Ressuscitado. E Apolo, que também não viu Jesus, e nem conhecia a plenitude do Evangelho até Atos 18?

Portanto, o ministério apostólico na Bíblia estava estendido a muitas pessoas,ao meu ver como "FUNÇÃO" e não como 'TÍTULO",e isso claro inclui Paulo.

Também pode se definir um apóstolo como o defensor e o divulgador de uma fé ou ideia. Assim, muitos líderes que viveram durante ou depois dos Dias Apostólicos, foram chamados de apóstolos de algum lugar por levarem a fé cristã a outros países, como São Gregório, o Iluminar (Apóstolo da Armênia, 256-331), São Patrício (Apóstolo da Irlanda, 373-463), São Columba (Apóstolo da Escócia, 521-597), Santo Agostinho da Cantuária (Apóstolo dos Ingleses, 604). Ou mesmo, o título sendo dado de forma elogiosa à Emílio Conde (apóstolo da imprensa pentecostal brasileira), Nels Julius Nelson (apóstolo pentecostal brasileiro), José Teixeira Rego (apóstolo do Ceará), Gaston Barnabas Cashwell (apóstolo do Pentecostes no Sul dos EUA), etc. Lewi Pethrus, pastor sueco, considerava Gunnar Vingren e Daniel Berg apóstolos. Apenas alguns exemplos, mostram que mesmo sem serem ordenados como tais, muitos servos de Deus atuaram (e foram reconhecidos) como apóstolos no decorrer dos séculos (especialmente depois de mortos).

                                                           CONCLUSÃO


Finalizando esse pequeno (e incompleto) texto, lembremos o principal versículo para a defesa do apostolado, Efésios 4.11:
E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres

 Acredito que o versículo permite sim a existência de apóstolos na Igreja ainda hoje, no século XXI,não como títulos,mas como função.
 Se apóstolos e profetas não podem mais existir... logicamente nem evangelistas, pastores ou mestres deveriam ainda existir. E o versículo seguinte exprime porque os cinco dons ainda são necessários: Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo...



ADENDO


Quando Jesus ascendeu ao céu, depois de Judas Iscariotes estar morto, Pedro se levantou no meio dos cento e vinte irmãos dizendo:

Atos 1.21-22 (NVI)

"Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de Sua ressurreição."

Então, eles escolheram Barsabás e Matias. Tiraram sortes, e Matias tomou o apostolado.


Muitas pessoas acham que todos os apóstolos devem ter essas qualificações. Mas, a Bíblia não diz isso.
Essas deviam ser as qualificações para os Doze Apóstolos. O grupo especial de líderes que Jesus escolheu para começarem a Igreja. Eles foram a base para o início da Igreja.


Tanto é que a vaga de Judas fica entre Matias e José Barsabás, que segundo a tradição eram dos Setenta. 
Outro apóstolo bíblico, talvez o que mais trabalhou para a Igreja, não cumpriu essas qualificaçõesSaulo de Tarso teve uma visão do Cristo ressurreto, mas não esteve com os demais apóstolos acompanhando Jesus. Não estava com eles nem no batismo, no ministério, na crucificação, na ascensão ou no Pentecostes.

Podemos conjecturar que Barnabé tenha estado com Jesus nos dias de Seu ministério; talvez ele sim tivesse os requisitos de Atos 1. Mas, Barnabé e Saulo, como vimos antes, não são os únicos apóstolos que o Novo Testamento cita. Se Tiago não creu em Jesus até vê-lo Ressurreto, também não podia ser um apóstolo segundo Atos 1. E, se Apolo está incluso no "nós apóstolos" de 1 Co 4, também não poderia ser apóstolo segundo Atos 1.

As pessoas falam mal de alguém ser chamado apóstolo por ignorarem o Novo Testamento. Onde só Jesus é chamado de Pastor. Se você teme o termo apóstolo porque poucas pessoas foram chamadas apóstolos no novo testamento saiba que uma só foi chamada Pastor; Jesus. Pastor, portanto é um nome ainda mais restrito que apóstolo. [1]

Assim, na verdade, o imprescindível para o apostolado é a chamada de Jesus Cristo, que chama alguém para ser seu embaixador, mensageiro e representante (significado da palavra apóstolo) do Reino de Deus na Terra.
Alguns teimam em levantar esse argumento: um apóstolo era chamado apenas por Cristo, a Pedra Angular, o Cabeça da Igreja. E nós não discordamos disso, mas todo ministério é chamado por Cristo, seja apóstolo, profeta, evangelista, pastor, mestre, diácono, líder de célula, músico, líder de louvor, ou porteiro. Ele deu cada um à Igreja. A diferença de um para o outro é o propósito do Senhor para cada chamada. Nem mesmo os apóstolos do Novo Testamento tinham chamados, funções, serviços iguais, mas cada um atuava na esfera que o Senhor deu.
No decorrer de toda a História Cristã, Deus levantou apóstolos para a edificação e expansão do Corpo de Cristo. Milhares de embaixadores do Reino foram (e são) enviados para as nações. Foram (e são) apóstolos de Jesus Cristo mesmo sem serem chamados assim.
A Igreja de Cristo precisa de pastores, de mestres, de evangelistas, de profetas e de apóstolos (Ef 4.11). Deus estabelece apóstolos para o Corpo de Cristo (I Co 12.28).

É óbvio que apóstolos sempre existiram na Igreja. Mesmo sem esse título.Eles não precisavam ser chamados assim para cumprirem o propósito de Deus. O que faz um apóstolo não é o título, já que eu posso me chamar de apóstolo. O que faz um apóstolo é a chamada de Deus para isso
.
Como LUTERO escreveu: 
"Agora sim, se os apóstolos, evangelistas e profetas já não vivem, outros tiveram que tomar o seu lugar e o tomarão até o fim do mundo, porque a igreja há de durar até o fim do mundo e, por isso, apóstolos, evangelistas e profetas devem permanecer, sim, não importa como sejam chamados, para promover a palavra e a obra de Deus.”

As três Pessoas da Trindade enviam apóstolos. O Pai enviou o Filho como primeiro Apóstolo (Hb 3.1). O Senhor Jesus “chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos” (Lc 6,13, Jo20.21). O Espírito Santo chamava e capacitava pessoas para serem enviadas pela igreja (At 13.1), e continua a fazer isso. Os ministérios de Efésios 4.11 existem para capacitar os membros para o serviço, edificar a Igreja para ser madura espiritualmente e gerar a unidade da fé e do conhecimento de Deus.

Homens e mulheres dispostos a serem mensageiros de Deus para as nações. Mesmo não tendo apoio de nenhuma grande igreja, ou sendo presidente de uma. Nem sendo ricos ou capacitados pelos estudos e doutorados nos EUA. Sem isso, e sem muito mais que os apóstolos de hoje tem, os apóstolos de antes fizeram (e muitos ainda fazem hoje) a obra que o Senhor os chamou.

Ainda assim, nenhum apóstolo de hoje é como Pedro, Tiago, João, André ou Matias. Nenhum dos apóstolos de hoje andou com Jesus. Nenhum pode adicionar um novo escrito à Bíblia. "Quando uma pessoa hoje é chamada de apóstolo não está imiscuindo-se entre os primeiros 12, nem Paulo o fez, embora tenha feito mais que qualquer outro ele não era da primeira equipe..." [1] E, nenhum verdadeiro apóstolo hoje, reivindica isso. 

Os Apóstolos e Profetas receberam sua mensagem por revelação, e a interpretaram, proclamaram e escreveram sob a inspiração do Espírito Santo (Ef 3.1-5). Por isso, temos as Escrituras do Antigo e Novo Testamento como a palavra de Deus e regra de fé e prática. Muitos alegam que os apóstolos definiram a doutrina da Igreja, mas isso não é totalmente verdade; se essa doutrina é a Escritura, fica claro que apenas alguns poucos apóstolos escreveram livros canônicos. Novamente, toma-se uma missão específica de alguns (Mateus, João, Paulo, Pedro, Tiago e Judas) como a de todos.

Não tenho dúvidas de que os ministérios apostólicos citados em Efésios 4.11 – apóstolos e profetas – são também para os nossos dias e não apenas os de mestre, evangelistas e pastores. Por que aceitamos os ministérios de pastor, mestre e evangelistas e desprezamos os de apóstolos e profetas? No entanto, quando com maior profundidade estudo sobre os ministérios, fico a pensar se não seria melhor deixar esse assunto de lado.
Sabe por que? Porque a pouca e difusa luz que temos sobre o assunto gerou um apostolicismo diferente do dos tempos bíblicos, pois, convenhamos, uma coisa era ser apóstolo ou profeta nos dias da igreja do Novo Testamento, outra bem diferente é ser apóstolo ou profeta nesses dias. A megalomania de muitos pastores corrompeu e chafurdou o verdadeiro sentido desses ministérios! E uso a palavra chafurdar no seu sentido mais real possível!

... quem vive brigando por títulos para si ou se ofende com títulos de outros, ainda não entendeu nada sobre o assunto de serviço cristão.
Jesus também era Apóstolo. Quem chamou Jesus de Apóstolo foi o autor de Hebreus (Heb 3:1). Mas Jesus disse de si mesmo: Eu sou o Pastor. Jesus é O Pastor. E bom. É melhor ser um bom Pastor que um mal apóstolo, um evangelista preguiçoso, um mestre herege, e um profeta mal educado.

Hoje vejo pessoas que quando chamadas de Pastor dizem: “Eu sou o Apóstolo!” Como se apóstolo fosse mais importante que pastor. Ignorando inclusive que todo apóstolo é um pastor. Se um apóstolo não for pastor ele não é nada. Um apóstolo é um pastor que profetiza, evangeliza e ensina. Apostolado não é hierarquia é função. Alguns chamam de Pastor quem tem função apostólica com o objetivo de asseverar a discordância teológica mas se um apóstolo é maduro deve sentir-se honrado com isso. Não sou líder de meus pastores por ser apóstolo, mas por ser considerado pai na fé. A minha liderança sobre eles não está em título, mas na decisão do coração deles de olharem para mim como seu líder e pai na fé.

A verdadeira função apostólica é apenas uma mensageira. Nada pode torná-lo orgulhoso. Deve ser humilde. Ele deverá ser fiel (I Co 4.2)

Quem a exerce poderá ser preso como os primeiros apóstolos foram. Se for pelos mesmos motivos que Paulo e os demais da Bíblia...
Desde aquela época, muitos verdadeiros servos de Deus foram presos por pregar o Evangelho em lugares onde ele é proibido. Basta ler O Homem do Céu
Mas, ser preso por entrar com dinheiro não declarado, por se envolver com escândalos, sonegando impostos e fazendo aliança com corruptos? Não devem se esquecer de que os apóstolos estão em último lugar, são um espetáculo para o mundo (I Co 4.9). É digno do seu salário (I Co 9.13-14), mas não deve procurar enriquecer à custa da Menina dos Olhos de Deus (I Tm 6.3-11)

É inevitável que erre, pois é um homem e não é perfeito. Até Paulo repreendeu a Pedro e o corrigiu (Gl 2.12). Mas, não deve viver no erro, afinal se é um apóstolo de Cristo deve ser um proclamador da verdade. Em tudo deve ser um exemplo para os fiéis e os infiéis.

Os cinco ministérios de Efésios 4:11 aparecem no mesmo versículo, de modo paralelo e não hierárquico de modo que não se trata de um ser mais relevante do que outro, mas sim um completar o outro em funcionalidade para o bem do Corpo Inteiro e da comunidade dos Santos. Então porque alguns brigam por título de apóstolo? O fazem porque não entendem que não importa o título pelo qual lhe chamam e sim o bom coração diante de Deus.